Depois de divulgada a informação do “presente de grego” dado pelo governo do estado à comunidade do subúrbio de Salvador, com o fechamento das portas das duas mais tradicionais escolas estaduais da região: a Cleto Araponga e a Antonio Carlos Magalhães, o povo resolveu se manifestar, e ontem ( 21) lotou o auditório do Colégio Praia Grande, situado no bairro de mesmo nome.
Cerca de 500 pessoas entre pais, alunos, jovens e lideranças conferiram de perto as explicações da Coordenadora Técnica Maria da Gloria Goia sobre a desativação das duas escolas, e em um ato de protesto a técnica passou a ser "vaiada" pelos presentes.
Momento da chegada da Polícia ao auditório do Colégio Praia Grande
" Não vim aqui para ser vaiada, nunca fui vaiada. Sou uma técnica e os dois colégios serão transferido para aqui (se referindo ao Colégio Praia Grande) queira vocês ou não. Não sou uma líder comunitária, sou uma técnica". Sendo mais uma vez vaiada.
" Essa técnica é totalmente despreparada para se comunicar com a população. Não importante se ela tem ligação forte com o governador Jaques Wagner, mas aqui no subúrbio ela tem que ter respeito as pessoas" desabafou Marcos Antonio.
O colégio Praia Grande não tem estrutura para receber os novos alunos conforme noticiamos aqui:
Segundo informações preliminares, essas crianças e jovens serão transferidos para o Colégio Estadual Praia Grande, situado no bairro de mesmo nome, no Subúrbio Ferroviário. No espaço em que atualmente estudam cerca de 2.800 alunos funcionará, a partir de fevereiro, a Universidade Aberta do governo.
A transferência em massa dos alunos pegará, inclusive, a escola de Praia Grande de surpresa. Sem estrutura para aguentar tamanha demanda, a unidade educacional, segundo uma fonte de dentro da Secretaria de Educação ouvida pela reportagem, irá desativar as salas de informática, línguas e de dança. Estas salas, além de servirem ao corpo de alunos, também atendem à comunidade da região, oferecendo distração e oportunidade de qualificação a milhares de pessoas no bairro.
Ontem (21) foi informado que até a secretaria da escola terá que ser desativada para receber os alunos, e que seus funcionários terão que trabalhar no deposito. Outra sala que será desativada será a sala de ciências, uma das atividades mais disputada pelos alunos no ano letivo.
Pais e a comunidade irão se reunir na segunda-feira (24) junto com o advogado e para dá entrada em uma ação conjunta no Ministério Público para cancelar essa decisão que segundo eles é irresponsável. E prometeram colocar carro de som na rua convocando a comunidade a aderir ao movimento pelo não fechamento das duas escolas.
Funcionários deixam o local ao som de gritos e vaias
" Eles bloquearam o sistema de matriculas. Cheguei cedo para pegar a uma senha, e quando chegou minha vez não pude ser atendida por que o sistema dos alunos dos dois colégios está bloqueado. Isso é uma falta de respeito" afirmou Maria.
"Uma decisão dessa era para ser discutida com a comunidade, nós não somos cachorros!" desabafou a mãe Ana.
Para se ter uma idéia da confusão, os funcionários do Governo tiveram que pedir reforço policial para deixar o Colégio Praia Grande.
Informações Suburbionews
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