domingo, 13 de fevereiro de 2011

Tradição e simplicidade de Santo Antônio Além do Carmo ameaçadas


Conversas informais, namoros na porta de casa e boa vizinhança são tradições simples que a cada dia estão ameaçadas no bairro Santo Antônio Além do Carmo. Onde reinava uma atmosfera bucólica há poucas décadas, hoje se observa a insegurança dos moradores; o avanço da compra dos casarões; o interesse da iniciativa privada por criar empreendimentos comerciais e a falta de manutenção de calçadas, praças e outros serviços públicos.
Quem já passou por lá pôde perceber que as calçadas são estreitas – característica histórica inalterável –, mas que poderiam servir melhor à locomoção de pedestres se não fossem os inúmeros carros parados sobre elas, devido à falta de estacionamentos. A Praça do Largo do Santo Antônio ainda guarda de lembrança o coreto, mas os equipamentos de lazer estão deteriorados.
Há 36 anos morando no bairro, o marchand e colecionador Dimitri Ganzelevitch, critica a ausência do poder público na região e a demora da implantação de projetos baseados em estudos socioculturais que visem à preservação arquitetônica, paisagística e habitacional, como prevê o Plano de Reabilitação do Centro Antigo de Salvador, elaborado pelas três esferas governamentais, após a criação do Escritório de Referência do Centro Antigo de Salvador (Erca), em 2007 . “Esse Plano de Reabilitação é uma brincadeira. Não fizeram nada até agora, a não ser publicar um livro que custou uma fortuna”, diz.

Fonte: atarde






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