domingo, 1 de janeiro de 2012

Dilma fez bom começo no primeiro ano de gestão avalia cientista político

Os escândalos ministeriais que permearam o primeiro ano do governo da presidenta Dilma Rousseff não foram suficientes pra prejudicar a atuação dela como um todo. Essa é a avaliação do cientista político da Universidade de Brasília (UnB), Otaciano Nogueira. Para ele, a presidenta teve um bom começo nesses primeiros 12 meses de gestão.
“Ela está inegavelmente fazendo um bom governo”, avalia Nogueira. “Tivemos um surto de inflação, mas isso está controlado. Ela conseguiu também fazer maioria no Congresso [Nacional]. Isso é importante para governar”, completa o cientista político.
Apesar disso, Nogueira reconhece que os escândalos de corrupção e tráfico de influência envolvendo boa parte do ministério da presidenta foram o ponto fraco do primeiro ano de mandato. “O grande erro foi conservar um ministério que não era dela. Eu chamo de ministério recauchutado, porque ela herdou do Lula.”
Na opinião de Nogueira, Dilma foi “muito leniente” com os ministros demitidos e com os problemas apresentados em seus ministérios.
Além disso, o professor aposentado da Unb acha fraca a atuação do atual governo na política externa. Apesar de momentos marcantes, como o primeiro discurso de Dilma na Assembleia Geral das Nações Unidas, Nogueira considera que está havendo pouca visibilidade do Brasil lá fora. “Ela precisa dar mais atenção à política externa. O Brasil não teve o protagonismo esperado [no último ano]”, diz.
Já o ponto forte, na opinião dele, foram as relações institucionais. Para o professor, a presidenta consolidou uma boa relação com os poderes Legislativo e Judiciário e também com governadores e prefeitos. É a essa boa relação que ele credita os poucos avanços nas reformas política e tributária. Para Nogueira, Dilma não poderia interferir nas negociações para propostas de mudanças que envolvam as outras esferas de poder.






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