sexta-feira, 9 de março de 2012

Pontes inacabadas levam perigo à população


Pontes inacabadas levam perigo à população de Ilha de Maré
Os moradores das comunidades de Praia Grande e Santana, na Ilha de Maré, não são mais obrigados a tomar banho de mar toda vez que precisam pegar um barco para chegar ao continente, mas a construção de pontes para que as embarcações possam atracar com segurança – uma antiga reivindicação, frequentemente usada como juras de campanha por candidatos a vereadores e prefeitos de Salvador – não trouxe o alívio esperado. Após anos de promessas e obras arrastadas, as duas passarelas foram inauguradas, mas suas estruturas inacabadas trazem perigo a residentes, turistas e principalmente crianças. Os problemas dos equipamentos, construídos durante a gestão do prefeito João Henrique (PP), incluem ferragens expostas e falta de quaisquer itens de segurança e acessibilidade. “A gente esperou tanto para receber isso aí. Tudo bem que a gente não precisa mais se molhar toda para pegar o barco, às vezes cheia de sacola e de compras, mas isso aí não é seguro. As crianças ficam brincando na ponte, pulam na água, sobem e descem, e a gente fica morrendo de medo de elas se machucarem nesses ferros”, contou Maria de Lourdes Leite, moradora da ilha.
O projeto original para os dois píeres, divulgados pela prefeitura em 2009, previa a construção de rampa em concreto, ponte de acesso e cais. O custo total dos dois equipamentos foi estimado em R$ 3,5 milhões – quase a totalidade dos recursos do Ministério da Integração Nacional, na época sob a batuta de Geddel Vieira Lima (PMDB), e R$ 92 mil em contrapartida da administração municipal. O anunciado terminal de passageiros, semelhante ao que existe na comunidade do Botelho, também na Ilha de Maré, não virou realidade. Já na praia de Itamoabo, a preferida dos turistas, não há atracadouro e quem quer aproveitar o dia de sol precisa, antes disso, se aventurar no mar – muitas vezes com água acima da cintura – para chegar à terra firme. A situação é agravada pelo fato de o transporte marítimo ser a única alternativa para os “mareseiros” terem acesso a hospitais, escolas de ensino médio e delegacias. Outra queixa recorrente diz respeito à falta de horários fixos para saída dos barcos do terminal de São Tomé de Paripe, no Subúrbio Ferroviário da capital baiana. Uma espera que pode levar poucos minutos ou até três longas horas.

Informações BN






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