sexta-feira, 19 de outubro de 2012

Polícia fecha o cerco na cracolândia do Gravata


Policiais tentam conter o comércio de drogas
Os males do crack podem ser vistos facilmente na Rua do Gravatá, entre a Avenida Joana Angélica e a Baixa dos Sapateiros, no Centro de Salvador. Os corpos esqueléticos vagam pela localidade em busca da droga ou de alguma forma de ganhar o dinheiro necessário para comprá-la.
Nem mesmo uma base móvel da Polícia Militar que foi instalada na Praça dos Veteranos, na esquina da rua principal da “cracolândia” soteropolitana, pode conter o vai e vem de usuários. “É uma população que se renova constantemente. Muitos vêm para cá depois de saírem de seus bairros por estarem devendo a traficantes”, explica o policial responsável pela guarnição da PM na área.
Depois de pedir para não ser identificado, o policial conta que a presença dos militares tem um poder limitado sobre os drogados. “Eles não têm a noção do perigo e fazem tudo para conseguir o querem”, conta. Enquanto do outro lado da rua outros policiais abordam dois suspeitos de tráfico, ele conta que o trabalho dos policiais na área é muito movimentado, mas nem sempre devido, diretamente, à droga. “São muitas ocorrências durante o dia, mas a grande maioria é resultado de confusões e brigas envolvendo os drogados”, conta.
São três policiais pela manhã, mais três pela tarde e à noite dois homens fazem o policiamento. A base móvel é constituída de uma van com uma estrutura de um miniescritório, com cadeiras e até uma mesa com gavetas.
O automóvel fica parado na Praça dos Veteranos e os policiais circulam pelo entorno. “Desde que chegamos se pode notar que as pessoas circulam pela rua com mais confiança, principalmente mulheres”, conta um dos policiais, enquanto um homem aparece se queixando de que uma das usuárias havia lhe desacatado.
A maior fonte de renda da população dependente da droga no local sai do lixo reciclável.

Informações Tribuna

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