quarta-feira, 14 de novembro de 2012

Aliados fazem manobra para suspender votação de contas de João Henrique


Não houve acordo entre bancadas de governo e oposição na Câmara de Salvador para votar hoje as contas de 2009 e 2010 do prefeito João Henrique (PP), que receberam parecer prévio do Tribunal de Contas dos Municípios (TCM) aconselhando a reprovação.
A bancada governista disse que só apreciaria as contas se na mesma sessão fossem votados outros três projetos: a reforma do Plano Diretor de Desenvolvimento Urbano (PDDU) para o entorno da Fonte Nova, uma nova Lei de Ordenamento de Uso e Ocupação do Solo (Lous) e um projeto que prorroga a concessão do terreno do Aeroclube para o Consórcio Parques Urbanos até o ano de 2056.
Os projetos de uma nova Lous e do Aeroclube foram enviados pelo Executivo à Câmara na sexta-feira. A vice-líder da oposição, Aladilce Souza (PCdoB), reclamou da manobra governista. Ela teme que a votação das contas fique para o ano que vem. “Foi essa composição da Câmara que foi eleita para fiscalizar João Henrique. A nova Câmara será para fiscalizar o novo prefeito”, ponderou.
O líder governista, vereador Téo Senna (PTC), ironizou. “Disseram que era interesse do estado votar o plano diretor (PDDU). Cedemos e agora, para surpresa nossa, eles disseram que não tinham interesse de votar”.
Aladilce lembrou que o PDDU teve tramitação suspensa devido à falta de audiências públicas e que o projeto de Lous aprovado na Câmara em dezembro do ano passado está suspenso por liminar da Justiça devido a irregularidades. ]
“Votar seria reincidir no erro”, disse. Foi justamente o fato de o projeto de Lous estar suspenso na Justiça o argumento de Senna para pedir celeridade na votação de mesmo teor. “Temos que regularizar a situação. Grandes empresas estão deixando de investir na cidade”, disse Sena.

Informações Correio

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