Os bancos privados fecharam 5,8 mil postos de trabalho nos primeiros sete meses
do ano, segundo pesquisa divulgada hoje (23) pela Confederação Nacional dos
Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf). Segundo o levantamento, as
instituições financeiras dispensaram 23,5 mil funcionários no período e
contrataram 17,7 mil. As demissões são, de acordo com a Contraf, uma forma de
reduzir a média salarial dos empregados. O levantamento aponta que os
dispensados recebiam em média R$ 4,5 mil, enquanto os admitidos ganham na média
R$ 3 mil.
A pesquisa foi feita em parceria com o Departamento Intersindical de
Estatística e Estudos Socioeconômicos (Dieese), a partir de dados do Cadastro
Geral de Emprego e Desemprego (Caged) do Ministério do Trabalho. Para o diretor
de Imprensa da Contraf, Ademir Wiederkehr, a redução de gastos com a folha de
pagamentos é uma forma de maximizar os lucros das instituições. “Há uma
concorrência muito forte entre os bancos e a questão do emprego é vista como
custo. Assim como a rotatividade, ela é usada para reduzir custos para aumentar
o lucro dos bancos”.
Com isso, Ademir diz que os trabalhadores que permanecem empregados acabam
sendo sobrecarregados. “Os bancos tem reduzido postos de trabalho e
sobrecarregado os bancários com metas, que nós chamamos de abusivas”, ressaltou.
“O trabalhador está pagando a conta do corte de custos”. A Contraf pretende
trazer a manutenção do emprego e a melhoria das condições de trabalho como pauta
para a campanha salarial deste ano. “Nós queremos contratações, o fim das
demissões, das metas abusivas e do assédio moral”, destacou Ademir.
Informações Agencia Brasil
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