Ao anunciar em editorial, no dia 2 de abril de 1964, que “ressurgia a Democracia”, Roberto Marinho estava certo.
Ele sempre apoiou TODAS as intervenções militares e Golpes para tirar do poder líderes trabalhistas.
Sempre foi Golpista, desde Vargas.
Portanto, apoiar o Golpe de 64 foi a decorrência inevitável de uma sangrenta tradição.
Os militares engordaram a Globo e a Globo engordou com eles.
Os militares criaram uma rede nacional de comunicação e, para concretizá-la e expandi-la, o “Dr” Roberto” criou o jornal nacional.
Foi essa “nacionalização” da rede de micro-ondas e a propagação da ideologia da “Revolução” que fortaleceu os dois: o Golpe e a Globo.
Um cevava o outro.
O mais patético do editorial da Globo que considera que “o apoio editorial Golpe de 64 foi um erro” é dizer que “Roberto Marinho sempre esteve ao lado da legalidade”.
O correto é “Roberto Marinho sempre esteve ao lado de seus interesses”.
Quando o Golpe deu o que tinha que (lhe) dar, com uma entrevista “denúncia” de Antonio Carlos Magalhães ao jornal nacional, Marinho “rompeu” com o Golpe e aderiu ao Tancredo.
Depois, co-governou o Brasil, o Ministério da Fazenda, o Banco Central e o Ministério das Comunicações do Governo Sarney.
Roberto Marinho sempre esteve do lado certo – de seus interesses.
Quem está errado são os filhos dele, que não têm nome próprio.
Cercados pelo Google, pela Receita Federal, pelo ECAD, pelo CADE e pelos jovens que lhes jogam estrume na porta, os filhos do Roberto Marinho cospem no prato em que comeram – e no pai que lhes deixou uma fortuna em deterioração.
Por isso, correm aos pés do Lula para pedir ajuda.
O velho estava certo.
Errados estão os filhos.
O pai sabia onde estava seu interesse.
Os filhos não sabem.
Perderam o rumo.
Se é que algum dia tiveram.
http://www.conversaafiada.com.br/pig/2013/09/01/globo-cospe-no-golpe-em-que-comeu-e-engordou/
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