Presos na manhã deste sábado (25), quando participavam de uma manifestação pacífica em frente à Escola Landulfo Alves, os dirigentes Sindicais do Sindilimp, Ana Angélica Rabelo e Edson Conceição, que também integra a Direção Executiva da CUT Bahia, já foram liberados pela Polícia Militar e tiveram os seus direitos à liberdade restaurados.
Os dirigentes sindicais de conduta ilibada e idônea tiveram suas imagens maculadas, de forma arbitrária, por uma Polícia Militar, que mais uma vez, agiu de maneira despreparada e desrespeitosa. “Causa revolta a injusta prisão dos companheiros Ana Angélica e Edson Conceição não apenas porque conheço a conduta deles, mas, por esta prisão ter se dado no momento em que protestavam contra injustiças e em defesa dos trabalhadores que representam e, sobretudo, por este lamentável fato ter ocorrido justamente em um governo que ambos ajudaram a eleger para defender os trabalhadores e reparar as injustiças que protestavam contra no momento em que foram presos”, disse o presidente da CUT Bahia, Cedro Silva.
A CUT Bahia já havia cobrado do governador Rui Costa a responsabilidade e atenção para resolução dos problemas dos terceirizados em de limpeza, conservação e asseio que prestam serviços ao Estado e emitiu nota de repúdio à prisão dos dirigentes sindicais. Em entrevista ao site da CUT Bahia a coordenadora do Sindilimp, Ana Angélica Rabelo, lamentou o ocorrido. “Minha indignação é por ter sido presa por um governo que trabalhei muito para eleger. Durante todo o governo Wagner e até mesmo no final da gestão do carlismo, quando eu ingressei no mundo sindical, nunca havia sofrido nenhum tipo de agressão. Estou triste com o governador Rui Costa”, afirmou. Ainda de acordo com a sindicalista “a ordem era que ela fosse levada direto à penitenciária”, mas ela garante que não se intimidará e que seguirá com a luta em defesa dos trabalhadores e trabalhadoras terceirizados.
O Diretor Executivo da CUT Bahia e Diretor do Sindilimp, Edson Conceição, também lamentou a prisão e comentou o ocorrido em entrevista. “Não vou me intimidar e não vou deixar de fazer a luta. O que me deixa indignado neste momento é o fato de ter sido direcionado para a central de flagrantes, local onde são levados os bandidos que praticam assalto a bancos e a ônibus. Eu esperava ter um tratamento diferenciado para as lutas em um governo do Partido dos Trabalhadores. Fui preso por defender pais e mães de família que estão há meses sem receber salários, planos de saúde, INSS... Não vou me intimidar e vou continuar defendendo estes trabalhadores”, relatou.
O vereador Luiz Carlo Suíca (PT) também comentou o ocorrido. “Jamais imaginei que ia ver o companheiro Edson e a companheira Ana Angélica dentro de um camburão, passeando pela cidade, presos pela polícia militar do governador Rui Costa, afim de calar e frear a luta”, pontou. O vereador lamentou ainda o fato de a prisão ter se dado um dia após a CUT protocolar ofício ao governo, cobrando a solução do caso. “No momento em que a CUT protocola uma carta solicitando uma audiência com o governador para manter o diálogo, a gente recebe como resposta a prisão de dois sindicalistas”, criticou.
Se a intenção do governo e do governador é calar os sindicatos e os trabalhadores o recado que fica é o seguinte: a CUT, o Sindilimp e as entidades sindicais CUTistas e seus militantes não se intimidarão e seguirão lutando, de forma pacífica e democrática, pela melhoria salarial e das condições de vida dos trabalhadores de toda a população no estado da Bahia.
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