domingo, 17 de janeiro de 2010

falecimento de dona Zilda Arns‏

O deputado Yulo Oiticica (PT) lamentou o falecimento de dona Zilda Arns, uma das vítimas brasileiras do terremoto que arrasou Porto Príncipe, capital do Haiti, deixando um rastro de vítimas fatais estimado em 50 mil pessoas. O petista protocolou na Assembleia Legislativa uma moção de pesar pela brutal morte de dona Zilda, quando estava naquele país irmão em missão humanitária.
Parlamentar com estreita ligação com a Igreja Católica, ele conhecia de perto o trabalho realizado por dona Zilda, que era irmã de dom Paulo Evaristo Arns, cardeal de São Paulo, agora aposentado do comando daquela arquidiocese e que sempre teve intenso trabalho pastoral e uma atuação firme em relação aos direitos humanos, do combate aos excessos do regime autoritário – mentor do trabalho de documentação chamado de "Tortura Nunca Mais", que relaciona mortes, desaparecimentos e danos físicos causados pelos órgãos de repressão contra os opositores do regime militar.
A missão humanitária que levou a doutora Zilda Arns à cidade de Porto Príncipe, no Haiti, para participar de conferências e reuniões com bispos e líderes voluntários da Pastoral da Criança, "sucedeu na perda de uma das mulheres de maior representatividade no mundo", destacou o deputado Yulo Oiticica (PT). Foi com angústia e tristeza que ele recebeu a lamentável confirmação do falecimento de Zilda. "Ela contribuiu decisivamente para o processo de conscientização e formação de multiplicadores da vida e da garantia dos direitos humanos", ressaltou Yulo.
Nascida em 25 de agosto de 1934 no município de Forquilhinha do estado de Santa Catarina, Zilda Arns Neumann destacou-se no cenário mundial como médica pediatra, sanitarista e criadora da Pastoral da Criança e do Idoso. Sua dedicação aos necessitados começou em 1980, com a campanha de vacinação Sabin, para combater a primeira epidemia de poliomielite. A campanha foi um sucesso e, três anos depois, Zilda, criou a Pastoral da Criança, visando salvá-las da mortalidade infantil, da desnutrição e da violência, à pedido da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), juntamente com Dom Geraldo Majela Agnello, cardeal arcebispo primaz do Brasil. Segundo o deputado, dona Zilda não parou por aí. A médica cumpriu no ano de 2004 outra missão solicitada pela CNBB para fundar, organizar e coordenar a Pastoral da Pessoa Idosa.
Yulo também citou alguns dos mais de 20 prêmios que a missionária recebeu em vida: Opus Prize (EUA), em 2006; Prêmio "Heroína da Saúde Pública das Américas", concedido pela (Opas), em 2002; Prêmio Internacional da Opas em Administração Sanitária, 1994; Diploma Mulher Cidadã Bertha Lutz, do Senado Federal, em 2005; Prêmio de Direitos Humanos 2000 da Associação das Nações Unidas – Brasil, em 2000; e Troféu de Destaque Nacional Social, principal prêmio do evento As mulheres mais influentes do Brasil, promovido pela Revista Forbes do Brasil com o apoio da Gazeta Mercantil e do Jornal do Brasil, em 2004.

fonte: diario oficial

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