Na festa da CUT, ele disse que poderia falar sobre eleições. "A legislação não me permite falar de candidatos." O público presente no evento reagiu à declaração de Lula com o coro "olê, olê, olá, Dilma, Dilma".
Mesmo dizendo que não falaria de eleição, Lula defendeu a continuidade de seu governo. "Não é possível resolver o problema de 500 anos em oito. É preciso um sequenciamento. Dilma, você ouviu o que eu disse? Sequenciamento..."
No palanque montado pela Força, Lula fez uma menção indireta à pré-candidata petista. "Vocês sabem quem eu quero", disse ele.
Em São Bernardo, o público presente no Paço Municipal entoava a todo momento os coros "olê, olê, olá, Dilma, Dilma" e "olê, olê, olá, Lula, Lula".
No meio do discurso, Lula alfinetou o antecessor tucano Fernando Henrique Cardoso ao lembrar que não tem diploma universitário. "O Brasil teve presidente professor, teve general, teve advogado, teve sociólogo. Mas o presidente que mais fez universidade fui eu."
Em tom de despedida, Lula lembrou que seu governo termina em dezembro. "Daqui a oito meses deixo a Presidência. Aí volto para essa cidade de cabeça erguida."
Lembrando que o tema do 1º de Maio deste ano é a integração latino-americana, aproveitou para atacar a política externa do período tucano. "Com a Alca, eles queriam simplesmente acoplar a nossa região ao domínio tecnológico dos Estados Unidos. Nós já tínhamos a experiência da área de livre comércio entre México, Estados Unidos e Canadá". Em seguida, destacou que atualmente a América Latina é a maior parceira comercial do Brasil.
Trabalhadores em festa"Eles só viajavam para Londres, Paris, Washington, Nova Iorque. Parecia que só interessava a eles os europeus e norte-americanos. Não sabiam que a beleza desse nosso povo é a mistura de negro, índio e europeu. Essa salada de frutas é nossa riqueza".
Dirigindo-se à imprensa, lembrou que, em seu programa de governo de 2003, havia menção à necessidade de criar mais de 10 milhões de empregos. "Me cobravam o tempo todo, como se eu tivesse prometido criar todos aqueles postos de trabalho. Não era uma promessa, era uma constatação da necessidade que tínhamos. Pois então, só por desaforo, até o final deste mandato vamos criar mais de 14 milhões de empregos com carteira assinada", provocou.
Lula fechou o ato com uma fala emocionada, que incluiu lágrimas ao dizer que "fomos leais àquilo que nos comprometemos quando assumimos o governo".
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