Uma adolescente de 12 anos engoliu uma peça de um equipamento odontológico durante uma consulta ao dentista de um posto de saúde de Barro Preto, na Bahia. A mãe da menina, Josefina do Nascimento, de 31 anos, explicou ao G1 que o caso ocorreu no dia 8 de fevereiro.
“Não sei como aconteceu. O dentista mandou minha filha cuspir e ela se assustou, perguntou o que aconteceu, e o doutor disse que ela tinha engolido uma peça, mas que não tinha perigo”, disse Josefina, que teria sido orientada pela Secretaria da Saúde a procurar um médico. “Quando fizemos o raio x, o exame mostrou que era uma agulha. Eu entrei em pânico.”
A mãe da garota disse que o dentista deu R$ 60 para pagar medicamentos e o transporte até o médico. Dois dias após a primeira consulta, a garota voltou a fazer um novo exame que mostrou que a peça já estava no intestino. Depois, Josefina conta que não foi mais procurada pela prefeitura e não tem recebido assistência médica.
“Hoje pedi dinheiro para minha família para pagar um novo raio X. Fiz por minha conta. O médico falou que a peça já está nas fezes e temos que esperar até ela jogar para fora. O problema é que minha filha ficou tão nervosa, que há dias não vai ao banheiro e não tem mais se alimentado direito. Estamos muito assustados”, disse.
Josefina, que é faxineira, disse que não conseguiu mais trabalhar desde o ocorrido, porque a filha chora de dor e tem medo de ficar sozinha. “Minha vida parou depois disso. O médico disse que não pode dar remédio para ela ir ao banheiro, porque o intestino vai ficar desregulado e a peça pode perfurar alguma coisa”, afirmou.
A secretária da Saúde de Barro Preto, Aldenice Rodrigues, garantiu ao G1 que, ao contrário da reclamação da mãe, a prefeitura está oferecendo assistência à menina. A secretária alega que a mãe se recusa a receber ajuda e levar a adolescente ao médico.
Ainda de acordo com a secretária, a adolescente engoliu uma peça usada para fazer uma restauração. Foi realizado um raio X no mesmo dia e o médico orientou a família a fazer exames a cada dois dias, para acompanhar o objeto. A garota chegou a realizar outro exame no dia 10 de fevereiro e, desde então, a mãe estaria se negando a levar a criança ao médico.
“O município e a Secretaria da Saúde deram todo o apoio. A mãe não quer colaborar no sentido de ver o que está acontecendo com a menina. Já acionamos o Conselho Tutelar do município para que tomem as providências cabíveis”, afirmou.
A secretária informou ainda que uma sindicância foi aberta para apurar se houve negligência do dentista, que permanecerá na função até o termino das investigações.
Fonte:g1
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