PM é morto pela mulher a golpe de faca apos chamar o nome da ex-mulher

Confundir o apelido da ex-mulher com o da atual companheira foi o motivo para uma briga entre o casal Itamaraci Silva da Conceição, 24 anos, e Luiz Alberto Santos de Jesus, 42 anos, assassinado com uma facada, desferida por ela, dentro de um imóvel em Camaçari.

Chamada pelo nome da rival, a mulher passou a discutir com a vítima e, ao receber um tapa no rosto, armou-se com uma faca e a golpeou no peito. Itamaraci cozinhava uma galinha, na madrugada de segunda-feira (9), quando Luiz Alberto a ela se referiu pelo apelido de sua antiga mulher, ao lhe fazer uma pergunta.

“Nal, a comida já está pronta?”, quis saber Luiz Alberto, que ainda sob efeito do álcool, consumido pelo casal em companhia de um tio dela durante todo o dia em vários bares na periferia de Camaçari, falou com Itamaraci como se fosse a ex-esposa, com quem tem uma filha. Questionado, durante a briga, sobre a paternidade da criança, a atual mulher foi agredida e revidou esfaqueando-o.

O crime aconteceu na residência do tio de Itamaraci, na avenida Getúlio Vargas, bairro Parque das Mangabas. Enquanto o dono da casa dormia, a sobrinha e o companheiro, casados há dois anos, decidiram preparar uma refeição em plena madrugada. Antes de a comida ficar pronta houve o atrito e, já ensangüentado, Luiz Aberto trancou-se num dos quartos, conforme declarou a agressora ao delegado Nilton Borba, titular da 18ª Delegacia .

“Itamaraci declarou ter tentado entrar no cômodo, mas foi impedida pelo marido e acabou adormecendo na sala”, ressaltou o delegado, que também ouviu o proprietário do imóvel. Afirmou ainda que ao despertar, na manhã de terça-feira (10), percebeu manchas de sangue no piso da casa, tendo se deparado com o soldador ferido no chão do quarto, entre duas camas. Levado por Itamaraci, pelo tio e um vizinho para o Hospital Geral de Camaçari, entrou em coma por volta de meio dia, vindo a morrer horas depois.

A princípio, Itamaraci tentou negar a participação no assassinato do companheiro, mas terminou por confessar a autoria do crime ao delegado Nilton Borba, que a autuou em flagrante por homicídio.