domingo, 18 de setembro de 2011

Comunidade disputa com empresa posse de bairro no Suburbio

Ruínas da fábrica de tecidos, em Plataforma

Nos últimos oito meses, correspondências com ordens de despejo têm chegado às casas de moradores do bairro de Plataforma, no subúrbio ferroviário, trazendo à tona uma briga que há sete anos espera um ponto final da Justiça.
A população local, cerca de 50 mil habitantes, aguarda o resultado de três ações coletivas de usucapião (posse da terra por mínimo de cinco anos) movidas em 2004 pela Associação de Moradores de Plataforma (Ampla) contra a Companhia Progresso e União Fabril da Bahia, que alega ser proprietária de direito de grande parte do bairro.
O litígio promete chegar ao governador Jaques Wagner: um abaixo-assinado eletrônico com 468 assinaturas corre pela internet para fundamentar petição pública a ser endereçada ao titular do Palácio de Ondina, solicitando-lhe que intervenha pela regularização fundiária da área e pela revitalização da antiga fábrica de tecidos, atualmente um prédio abandonado em ruínas.
A professora de sociologia da Universidade Federal da Bahia (Ufba) Antônia Garcia, uma das fundadoras da Ampla, é a autora da petição. “Nosso objetivo é que o governo faça a desapropriação e que a Justiça se posicione”, disse. A reportagem não conseguiu falar com o governador, que estava de férias fora do País até o último sábado, 17. Wagner morou em Plataforma na década de 1970.
Mas o secretário de Promoção da Igualdade da Bahia (Sepromi), Elias Sampaio, que tem conversado com representantes da Ampla, afirmou que tem buscado informações para conhecer detalhes da situação. “À luz da lei, vamos negociar para que o terreno volte como equipamento público, de forma a dirimir o conflito e garantir maior acesso à população”.

Informações Atarde



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