
“Esperava algo mais revolucionário”. Essa foi a constatação do estudante Wellington Oliveira, 25 , sobre a 10ª edição da Parada Gay da Bahia, realizada ontem em Salvador. Participantes, embora tenham lotado as ruas do Centro da cidade, cobraram renovação e mais politização para a festa, que reuniu cerca de um milhão de pessoas, de acordo com o Grupo Gay da Bahia (GGB).
Dois anos após ter assumido a homossexualidade, Wellington avalia que essa seria uma boa oportunidade para ajudar jovens a enfrentar o preconceito. “O evento está meio desassociado do tema. Deveria haver palestras sobre a realidade gay. Do jeito que está não serve de estímulo para ninguém sair do armário”, sugeriu o participante.
Já a estudante Cleise dos Santos, 17 anos, se descobriu lésbica há três anos e sempre quis ir à Parada Gay. Ontem, ela realizou seu desejo. “No que depender de mim, ela vai viver bem no mundo que descobriu”, disse a mãe da garota, Cristiane dos Santos, 35.
No alto do trio principal do desfile, o deputado federal Jean Wyllys (PSOL-RJ) avaliou a festa como positiva, no entanto, acredita que falta mais politização entre os participantes. “A presença de músicas de pagode com letras machistas e sexistas contraria a causa do movimento gay”, opinou. Na programação do evento constavam três trios de música eletrônica e cinco bandas de pagode.
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