Muita gente que trabalha na Assembleia Legislativa amanheceu de orelha em pé neste dia primeiro de novembro. A época é de vacas magras e a grana anda curta no Legislativo baiano. A perda da cesta de natal, apontada como uma possibilidade diante do rombo do orçamento, é “fichinha” perto de uma eventual exoneração e demissão em massa.
O Diário Oficial do Legislativo traz a relação de 123 servidores comissionados que foram exonerados por conta da rearrumação da Casa. Após a entrada do PSD, os blocos partidos se aglutinaram e alguns foram extintos. Com eles, vieram as demissões.
O caso dos servidores ligados ao deputado Hebert Barbosa (DEM) é emblemático. Antes os parlamentares do Democratas e do PRP tinham um bloco constituído. Com a mudança de legenda de alguns deputados para o novo partido, o PMDB perdeu a condição de bancada. DEM e PMDB então se uniriam e formaram um novo bloco. O PRP se uniu ao PTN e ao PSC e formaram outro bloco.
Este movimento provocou a extinção de um bloco – DEM/PRP – com isso os funcionários ligados à presidente e vice deste grupo sobraram. Na verdade, em alguns casos, os servidores serão lotados em outro lugar, acompanhando o parlamentar/empregador.
Em se tratando de Hebert Barbosa, que era vice-líder do bloco, os 10 servidores perderam seus empregos e não vão voltar. Já os quatro que trabalham com o deputado Alan Sanches, antes do PMDB, agora no PSD, serão novamente nomeados.
Sanches era vice-líder da bancada do PMDB na Casa. Passou a vice-líder do PSD. Gildásio Penedo, líder da sigla, indicou hoje o nome do ex-peemedebista ao cargo. De acordo com Sanches, a exoneração foi uma necessidade meramente burocrática.
Outro bloco extinto foi o dos Independentes. Comando pelo deputado Targino Machado (PSC) os parlamentares do PTN e PSC deram uma canseira danada nos governistas durante estes 10 primeiros meses de legislatura. Nenhum acordo passava pela Casa sem o aval desta liderança.
Os “independentes” se uniram a oposição e constituíram um único bloco. Com isso, os dez servidores do vice-líder Gilberto Santana ficaram desempregados. Outro vice-líder do antigo bloco PSC/PTN, Carlos Geilson (PTN), assumiu a vice-liderança da Minoria, e levou com ele os oito funcionários.
O que se sabe é que cada líder de bloco partidário ou de liderança tem uma verba de R$ 46 mil para contratação de servidores comissionados. Os vice-líderes têm R$ 28 mil. Com extinção ou aglutinação de blocos a Assembleia inevitavelmente vai economizar.
Os parlamentares negam que as reformulações foram como forma de conter despesas e reduzir o valor da suplementação. Todos foram unânimes ao colocar na conta do PSD e os direitos regimentais que novo partido tem as mudanças.
Informações Bocão News
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