domingo, 19 de fevereiro de 2012

Defensores públicos flagram crianças trabalhando no Carnaval

Sexta-feira (17), defensores públicos em atividade itinerante entre o Campo Grande e a Praça da Sé encontraram um adolescente de 13 anos trabalhando como cordeiro do bloco Happy. Já neste sábado (18), em nova inspeção, uma adolescente de 17 anos foi flagrada trabalhando como cordeira do bloco Algodão Doce. O fato tem como agravante se tratarem de dois blocos infantis.
“Encaminhamos os dois casos para a 1ª Vara da Infância. Além disso, o bloco Algodão Doce saiu após o horário estabelecido em portaria, que é 12h para os blocos infantis”, afirmou a defensora Mariana Tourinho.
A utilização de mão de obra infantil pelos vendedores ambulantes também foi identificada pelas defensoras Hélia Barbosa, Maria Carmen Novaes, Mariana Tourinho, Liana Conceição, Cláudia Ferraz e Eliana Reis nos circuitos do Carnaval.
“Ao chegar à Rua Chile e ao entorno da Ladeira da Montanha, encontramos crianças em situação de vulnerabilidade, a exemplo de muitas dormindo no chão e sem identificação. A situação indicava que elas estavam acompanhadas dos pais desde a noite anterior, que alegaram não ter onde deixar seus filhos”, disse Hélia Barbosa, subcoordenadora da Especializada da Infância e do Adolescente.
Na Castro Alves, famílias inteiras estavam com crianças ajudando na venda de bebidas alcoólicas e com verdadeiros acampamentos armados para que os filhos dormissem nos locais de trabalho. “O certo é que eles estejam em lugar seguro, em casa ou em abrigos, já que o governo e a prefeitura oferecem o serviço”, explicou Hélia.

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