sábado, 14 de abril de 2012

Estações de transbordo de Salvador sofrem com a precariedade e descaso da prefeitura

Se você for à Estação de Mussurunga, uma das opções de transbordo de transporte coletivo de Salvador, e perguntar onde fica o banheiro, a primeira coisa que irá ouvir, antes da resposta sobre a localização do sanitário, é uma recomendação. O conselho, dado por vendedores e passageiros da estação, é para evitá-lo. O motivo? As dependências são imundas, com sujeira nas privadas, pias, paredes e no chão, e o mau cheiro exala por toda a estação. A sujeira, resultado da manutenção que deixa a desejar, a falta de estrutura e o descaso não são problemas que se resumem, contudo, à esta estação.
Os usuários dos outros três terminais rodoviários da capital baiana - Lapa, Pirajá e Iguatemi – convivem com os mesmos problemas diariamente. As condições precárias dos terminais, rotas de ligação que cortam toda Salvador e que, juntas, recebem, por dia, 685 mil pessoas, têm levado os próprios vendedores desses locais a criar alternativas para continuar trabalhando nos espaços.
Em Mussurunga, onde circulam diariamente 30 mil passageiros, os ambulantes desembolsam R$ 1 para limpar os banheiros; na Lapa, cuja passagem de pessoas chega a 460 mil, sendo o maior e mais importante terminal da cidade, os vendedores autônomos pagam por segurança à noite; e no Iguatemi, uma média de 65 mil passageiros, os próprios comerciantes da região acabam se virando.
Na última segunda-feira, 9, um deles retirou a vassoura ao lado da sua pequena barraca e começou a varrer a área onde os passageiros circulam, no final da tarde, quando o movimento começa a aumentar.

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