quarta-feira, 11 de abril de 2012

Homenagem da Bancada do PT a Marighella reforça a busca pela verdade


Um homem que nunca teve medo de dizer, nunca teve medo de lutar e nunca escondeu o desejo de viver em um país independente. Assim foi lembrado, durante uma homenagem, nesta terça-feira, dia 10, na Assembleia Legislativa da Bahia, Carlos Marighella, que a partir de hoje, empresta o seu nome à sala da Liderança do PT.
“Marighella era um nome que não se podia colocar nos jornais. Ele era conhecido como um assaltante, um facínora. O Marighella de verdade foi silenciado. O nome dele em uma sala é de extrema importância para levantar esta verdade”, declarou Carlinhos Marighella, filho do militante político, que esteve presente ao ato, juntamente com seus filhos, Maria e Pedro Marighella.
A homenagem póstuma da Bancada do PT foi iniciativa do deputado Yulo Oiticica e aprovada por unanimidade por todos os deputados da bancada. O ato reuniu, além da família, amigos, admiradores e o ex-deputado estadual, Emiliano José.
“Esta sala leva o nome de um homem que lutou e sonhou com um país livre e democrático. Um sonho que ele não viveu, mas que nós estamos vivendo. Marighella já foi considerado o inimigo número um da ditadura militar, e hoje é considerado um amigo número um. A presença do seu filho e seus netos é uma honra para nós. Que o nome dele continue sendo sonhado por todos. Vida longa a Marighella, que não morrerá nunca”, declarou o líder, Yulo.
Durante o ato, a neta, Maria Marighella, leu uma mensagem de Clara Charf, viúva de Marighella, que atualmente mora em São Paulo. “Impossibilitada de comparecer a esse histórico ato especial, dedicada ao heroico Carlos Marighella, relembro sua trajetória combativa na Câmara Federal no Rio de Janeiro, em 1946, sempre em defesa dos trabalhadores, das mulheres, da juventude, dos interesses nacionais, da paz e do socialismo”.
Memorial – Durante a homenagem, Carlinhos Marighella enfatizou a importância do Memorial Carlos Marighella, e solicitou a ajuda dos deputados para alavancar o projeto. “O governador Jaques Wagner ofereceu uma casa para construir este memorial, o que é muito importante. Precisamos assegurar este memorial e um orçamento. Por isso, convido os companheiros para construir um memorial do tamanho de Marighella. O memorial pode resgatar documentos que estão espalhados pelo Brasil e que nunca tivemos acesso”, declarou Carlinhos.





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