O presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação do Estado da Bahia (APLB), Rui Oliveira, acusou o deputado de oposição Paulo Azi (DEM) de oferecer à entidade a veiculação de informe publicitário e entrevista na TV Bahia pelo valor de R$ 30 mil. “O deputado de direita Paulo Azi ofereceu para a gente 30 segundos na TV Bahia, uma vez só, que ia sair R$ 30 mil”, revelou durante encontro da categoria, realizada nesta terça-feira (19), no estacionamento da Assembleia Legislativa da Bahia (AL-BA). Ao microfone, uma professora do Colégio Manoel Novaes, situado no bairro do Canela, em Salvador, contou que a negociação foi intermediada na última sexta (15) por um publicitário da emissora, de prenome Ribamar, que mora no mesmo edifício que ela. “Ele fez uma proposta e a gente ligou diretamente para o celular de Rui [Oliveira]. A proposta eram nove chamadas mais uma entrevista nos horários da manhã e do meio-dia com Rui, a partir de segunda-feira, por R$ 18 mil. Isso foi fechado”, contou a docente de prenome Regina. Após o pagamento de R$ 4,7 mil ao publicitário, no entanto, a APLB foi surpreendida pela não-veiculação do informe, prevista para a segunda (18). “Nós pagamos a Ribamar R$ 4,7 mil na sexta-feira. Ribamar disse que estava tudo certo, mas na segunda-feira não saiu”, conta Rui. A primeira alegação do publicitário é a de que, devido a “problemas técnicos”, a peça publicitária só iria ao ar na terça (19), dia da assembleia da categoria. Mais tarde, entretanto, Ribamar esteve pessoalmente na sede da APLB para explicar a Rui Oliveira que “problemas políticos” impediriam a exibição dos informes e a gravação da entrevista. “Professor, tem problema político, mas se pagar à vista, a gente compra a briga”, teria dito o funcionário, segundo o próprio presidente da APLB. O pagamento do valor restante foi efetuado com um cheque pré-datado para 45 dias que, de acordo com o sindicalista, “não tinha fundos” e seria “coberto pela irmã”. Após sonoras vaias à emissora, Rui defendeu que o assunto deveria “ser discutido internamente”, e não “na frente da imprensa”, e que era preciso “discutir estratégias para furar o bloqueio da imprensa”. Na reunião que decretou a continuidade da greve, os professores decidiram tentar a veiculação do informe publicitário em outras emissoras de TV, rádio e também na mídia impressa.
BN
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