Integrantes do Assentamento Milton Santos ocuparam hoje (23), por volta de
6h30, a sede do Instituto Lula, no bairro Ipiranga, zona sul da capital
paulista. Com o ato, os manifestantes querem pressionar o ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva a interceder com a presidenta Dilma Rousseff para evitar a
reintegração de posse da área do assentamento, em Americana (SP). Eles têm até o
próximo dia 30 para deixar o local voluntariamente.
De acordo com a Polícia Militar (PM), viaturas foram enviadas ao local por
volta das 7h30. "Estamos em contato com eles [os PMs] e, por enquanto, a
situação é tranquila", relatou Vandré Paladini, advogado das famílias. De acordo
com o movimento, cerca de 80 pessoas participam do ato. A PM informou que a
ocupação conta com 30 manifestantes.
Por volta das 9h da manhã, o presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto,
esteve no local. Segundo Vandré Paladini, Okamotto se comprometeu a entrar em
contato com integrantes do governo para intermediar uma solução para o caso.
"Mas não temos nada de efetivo. Vamos ficar por aqui até que algo mais concreto
seja feito", declarou o advogado.
No Milton Santos, vivem cerca de 70 famílias assentadas pelo Instituto
Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) há sete anos, segundo o
movimento. As famílias reivindicam a desapropriação por interesse social, única
medida legal que pode reverter o despejo, determinado pela Justiça no dia 28 de
novembro.
Paladini informou que, desde a tarde de ontem, quatro estudantes que apoiam a
reivindicação dos assentados estão acorrentados e fazem greve de fome em frente
ao escritório da Presidência da República em São Paulo.
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