Os guardas municipais da cidade de Salvador decidiram paralisar as atividades na manhã desta quarta-feira (30). A decisão foi tomada devido a categoria não chegar a um acordo com a prefeitura para a contratação dos servidores para “Operação Carnaval 2013”.
De acordo com o presidente da Federação dos Trabalhadores Públicos Municipais do Estado da Bahia (FETRAMEB), Antônio Calixto, que também é e Secretário de Relações do Trabalho da CUT- BA, os trabalhadores querem trabalhar, mas a prefeitura decidiu, sem a participação da categoria, que apenas 500 trabalhadores seriam escalados para o trabalho no período do carnaval. Isso, segundo o coordenador, acaba por priorizar alguns setores da guarda, prejudicando a maioria.
“Atualmente temos 1.300 servidores, desses cerca de 300 estão de licença ou de férias, sendo assim queremos que os outros trabalhem durante a operação, mesmo sabendo que o valor da remuneração seja o mesmo que do ano passado”, reforça Calixto.
Antônio Calixto afirma ainda que foram realizadas várias assembleias com os servidores e reuniões com representantes da prefeitura, mas não houve nenhum acordo. A categoria pede um reajuste de 40%, podendo cair para 25%, mas a prefeitura continua resistente e quer aprovar apenas 6,5% e manter parte dos guardas nas ruas.
A prefeitura alega que não tem condições de arcar com os custos que todos os servidores trariam para os cofres por está com o caixa em baixa e por ser um período de transição de mandato.
“Queremos que a prefeitura nos respeite, somos trabalhadores e merecemos”, afirma o presidente da FETRAMEB. Os servidores afirmam ainda que caso não seja procurado pelos representantes da prefeitura para resolver o impasse, a greve pode se estender até o Carnaval, o que pode ser ruim para a organização da festa e para os foliões.
Na próxima sexta-feira (01), a categoria vai realizar uma assembleia geral para decidir os rumos da paralisação. A reunião vai acontecer na sede da Federação, que fica na Avenida San Martim, a partir das 9 horas.
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