Desde que as chamas começaram a consumir a sede da Secretaria Municipal de Educação (Secult) no dia 3, a quentura atingiu também a cabeça do titular da pasta, João Carlos Bacelar (PTN).
Único remanescente da administração de João Henrique, Bacelar virou alvo indireto da oposição, que levantou suspeitas sobre o incêndio, e convive com boatos de que a permanência dele estaria na berlinda.
Vereadores do grupo contrário, colocando ainda mais lenha na fogueira, criaram uma comissão na Câmara de Vereadores para acompanhar as investigações. A suspeita dos edis é de que o incêndio tenha sido criminoso, já que a Secretaria é alvo de investigações pelo Ministério Público com relação a contratos de serviço.
Informações chegadas à Tribuna dão conta ainda que nos corredores do Palácio Thomé de Souza a possibilidade de saída do titular da Secult também já começa a ser aventada, levando em conta que dentre as principais ações do novo prefeito ACM Neto (DEM) umas das primeiras foi expedir decreto para garantir que apenas quem tem a “ficha-limpa” integre seu quadro.
Dentro do próprio partido do titular da pasta de Educação há um clima de permanência temporária de Bacelar no cargo, porém sem delimitação de prazo para expirar a gestão.
Vale lembrar que, além da polêmica em torno do incêndio, Bacelar já se via às voltas com a denúncia de possíveis irregularidades nos convênios de mais de R$ 64 milhões, firmados entre a ONG Pierre Bourdieu e a Secretaria.
“Achamos que é papel da Câmara acompanhar as ações do Executivo e o que aconteceu foi um fato grave, um incêndio em um prédio histórico é uma perda inestimável para o município. Além disso, é muito grave a perda de processos, contratos, mesmo com essa possibilidade de reconstituição, precisamos ter clareza sobre o que foi atingido”, afirmou a comunista Aladilce Souza.
A vereadora, em entrevista à imprensa, destacou que é uma coincidência grande que isso aconteça em uma secretaria que está sob investigação e que não se pode descartar a hipótese de o incêndio ter sido criminoso. “Cabe à Câmara acompanhar de perto. Não podemos descartar as possibilidades, pode ter sido acidente, mas também pode não ter sido”, frisou. Leia mais http://www.tribunadabahia.com.br/2013/01/11/oposicao-questiona-permanencia-de-bacelar-na-secretaria-de-educacao
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