Os moradores da Comunidade Quilombola de Rio dos Macacos, localizada ao lado da Base Naval de Aratu, em Salvador – onde a presidente Dilma Rousseff passou a virada de ano –, afirmam que as ações de violência por parte de integrantes da Marinha contra cerca de 500 habitantes foi intensificada nos últimos dias.
O motivo seria represália contra uma manifestação feita por cerca de 40 integrantes da comunidade no último dia 2, na Praia de São Tomé de Paripe, vizinha à Praia de Inema, que integra a base.
Segundo a coordenadora da associação dos moradores da comunidade, Rose Meire dos Santos Silva, de 34 anos, as ações de intimidação por parte dos militares, motivo principal da manifestação, se tornaram mais frequentes a partir do dia 3. “Já naquele dia, eu e dois dos meus irmãos fomos impedidos de entrar na comunidade por homens fardados, que chamaram reforço da Polícia Militar”, conta. “Eles foram violentos, até quebraram uma máquina fotográfica que a gente levava.”
De acordo com a líder da comunidade, após a manifestação a área onde ficam as casas simples da comunidade voltou a ser cercada e teve o monitoramento reforçado por parte dos militares. Ela também relata que alguns moradores têm sido perseguidos. “Me sinto ameaçada (de morte)”, relata.
A Comunidade de Rio dos Macacos é alvo de disputas entre os moradores e a Marinha desde a década de 1950, quando a Prefeitura de Salvador fez a doação da área da base para a União.
Infromações Tribuna
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