quarta-feira, 20 de fevereiro de 2013

Estranho viu: prefeitura alega "engano" e anula contrato com Psírico



A Prefeitura de Salvador vai tornar sem efeito a publicação do contrato no valor de R$ 100 mil destinados à realização do "Arrastão do Psi", pela banda de pagode Psirico, que aconteceu no Circuito Barra-Ondina no dia 8 de fevereiro, sexta-feira de Carnaval. Coincidentemente, a mesma data da publicação do contrato no Diário Oficial favorecendo a LF Eventos e Produções Ltda, empresa produtora do show.
A alegação do diretor administrativo e financeiro da Saltur, Paulo Mello, é de que o contrato foi publicado "por engano" e que, por isso, a prefeitura não vai pagar. Ele argumenta que em razão do prazo apertado e do volume de trabalho, o fato "passou em branco". O ato que torna sem efeito o anterior deve ser publicado até sexta-feira, 22, diz.
A manifestação da Saltur ocorre após o vereador petista Arnando Lessa ter levantado suspeitas acerca do contrato no plenário da Câmara de Vereadores, na segunda-feira. Lessa afirma que a justificativa da Saltur "não convence" e que essa é uma "história malcheirosa".
Ele lembra que o cantor da banda Psirico, Márcio Víctor, é autor do jingle "25 na cabeça", usado durante a campanha eleitoral do prefeito ACM Neto (DEM). E que a festa pela eleição de Neto foi feita pela Psirico.
"Não tenho nada contra a banda. Mas eles cantaram o jingle de Neto e fizeram a festa. Só por este fato já seria suspeito contratar a banda. Para mim esta questão é política. Quais interesses motivaram a contratação da banda?", questiona.

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