O prefeito da cidade de Quijingue, na Região do Sisal, Almiro Abreu Filho (PT), considera o próprio salário um absurdo e deseja diminuir seus rendimentos e o dos outros entes públicos para o bem das contas públicas. O petista recebeu este mês no contracheque municipal um salário de R$ 20 mil, maior que o do prefeito da capital, ACM Neto (R$ 18 mil) e que os de governadores de estados como RJ e PI.
Segundo Abreu Filho, a “herança” surgiu quando, no final da legislatura passada, os vereadores locais aprovaram aumentos de salários para vereadores, prefeito, vice e secretários municipais. Os primeiros dobraram seus rendimentos, enquanto o prefeito passou de R$ 12 mil para R$ 20. O vice, que ganhava R$ 6 mil, deu um impressionante salto para R$ 15 mil, enquanto os secretários fixaram teto de R$ 5 mil. O administrador considera o aumento “um escândalo”.
Quijingue tem 11 vereadores e, se os salários se mantiverem, custarão ao erário uma quantia de mais de R$ 3 milhões ao longo dos próximos quatro anos. O prefeito, se receber esta quantia no mesmo período, chegará bem próximo de faturar R$ 1 milhão somente em salários. A cidade, porém, tem apenas 30 mil habitantes e é considerada uma das mais pobres da região.
Para reverter a situação, o prefeito enviou á Câmara o projeto de Lei n° 03/2013, que diminui os subsídios do prefeito, vice-prefeito e secretários, alterando a Lei n° 011 de 04 de setembro de 2012. Assim, deseja que os salários sejam diminuídos e o prefeito passará a ganhar R$ 5 mil a menos, enquanto o vice perderá metade de seu novo salário. Este mês, Abreu Filho doou os R$ 5 mil de aumento em forma de cestas básicas para famílias carentes.
Informações Bocaonews
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