Os filhos de Israel eram circuncidados na carne, um ato que foi ordenado pelo Senhor para aquele tempo, antes da vinda de Jesus. Esse procedimento era semelhante ao tipo de circuncisão que é feito hoje em nosso homem interior, quando nos convertemos (Jo 1.12; Ef 1.13). No entanto, aquele era transitório; o nosso é eterno. Para as batalhas espirituais que travamos contras as forças das trevas, o antigo ritual não serve, mas o atual é obrigatório; de outro modo, não teremos sucesso na luta contra o mal.
A nossa luta não é carnal, mas espiritual, e, a cada tentação que vencemos, colocamos sob os pés do Senhor o inimigo. Todo chamado para ser salvo e, por extensão, membro do Corpo de Cristo precisa estar em condições de representar o Altíssimo. Somos os agentes dos Céus, que levam o povo a tomar posse da Terra das Promessas e, por isso, precisamos dessa marca interna.
Somente conseguiremos amar o Senhor de todo o coração e toda a alma, se tivermos sido circuncidados interiormente. Ora, amar a Deus é ter e guardar os mandamentos, o que deveria se tornar o alvo maior da nossa vida ao sermos salvos. Só assim, poderemos cumprir o que nos foi ordenado e usufruir do amor do Pai. Você não vê nem sente quando essa obra é realizada, mas, pela fé, deve crer que ela foi feita.
O Senhor sabia da importância disso, pois, do contrário, não conseguimos amá-Lo e, por conseguinte, não seremos amados por Ele nem por Jesus (Jo 14.21); logo, não desfrutaremos da vida reservada pelo Pai aos Seus filhos. Ora, isso é tudo de que necessitamos para todas as situações nos serem favoráveis, a fim de desfrutarmos de saúde e a nossa alma ir bem (3 Jo 1.2). A circuncisão é parte intrínseca da nossa salvação.
Nos israelitas do sexo masculino, a circuncisão era feita no corpo, mas, hoje, nos salvos por Jesus, esse procedimento é feito no espírito. Naqueles havia uma marca que os distinguia como servos de Deus; em nosso caso, recebemos o status de filhos dEle. Quando diversas pessoas eram feitas cativas em uma guerra, bastava averiguar o físico delas para saber se, naquele meio, havia ou não hebreus. Hoje, devido a esse selo, somos reconhecidos, tanto por anjos como por demônios, como pertencentes ao povo de propriedade exclusiva de Deus (1 Pe 2.9 – ARA).
Essa obra é feita pelo Senhor, mas, como tudo o que Ele faz e nos manda fazer têm de ser recebido pela fé, temos de crer que recebemos essa marca e agir em plena certeza de que podemos amá-Lo e viver segundo as condições reveladas pelas Escrituras. Todo salvo já possui esse selo e, portanto, não há por que tremer diante de alguma provação.
Creia que você o recebeu no processo de salvação e, por isso, pode amar a Deus – ter e guardar os mandamentos, como também ser amado pelo Pai e por Cristo. Além disso, tem condições de usufruir da vida proporcionada por Ele – o que inclui a cura do mal, a libertação de qualquer vício ou pecado, além da sua plena realização na fé em Jesus.
Em Cristo, com amor,
R. R. Soares
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