terça-feira, 25 de novembro de 2014

Bahia troca experiências de políticas de promoção da igualdade racial

Conferência Internacional sobre Políticas Afirmativas para a Promoção da Igualdade Racial
Na primeira edição da Conferência Internacional sobre Políticas Afirmativas para a Promoção da Igualdade Racial, representantes do Brasil e dos Estados Unidos debateram, nesta terça-feira (25), estratégias e políticas públicas nos dois países, e em especial na Bahia, a exemplo do Estatuto da Igualdade Racial e de Combate à Intolerância Religiosa e dos sistemas estaduais de promoção e financiamento de ações voltadas para a população negra.
Realizado no Salão Nobre da Reitoria da Universidade Federal da Bahia (Ufba), no bairro do Canela, em Salvador, o evento integra a programação do ‘Novembro Negro’ e teve a participação da ministra da Secretaria de Políticas de Promoção da Igualdade Racial da Presidência da República (Seppir/PR), Luiza Bairros, e do secretário estadual de Promoção da Igualdade Racial, Raimundo Nascimento.
De acordo com a ministra, o encontro oferece espaço para expor as diferenças e semelhanças nas políticas públicas voltadas para a população afrodescendente nos dois países. “É uma boa oportunidade para que a gente confronte, mais uma vez, essas experiências em relação às ações afirmativas, especialmente para deixar bem evidente que o que temos no Brasil não é cópia do que existe lá, e as respostas ao racismo e [para] promoção da igualdade racial são construídas dentro de cada sociedade de formas diferentes, mas visando sempre os mesmos objetivos”.
Entre os participantes internacionais, compareceram a presidente da Associação pelos Estudos da Diáspora Africana Mundial (ASWAD), Kim Butler, e o ativista norte-americano Joseph Beasley. Para a presidente da ASWAD, os avanços obtidos pelas sociedades brasileira e norte-americana ainda são insuficientes para a igualdade plena. “No Brasil, como nos Estados Unidos, a gente vive em países construídos à base da escravidão e isso não vai mudar de um dia para o outro. Não basta dizer que temos um presidente negro ou uma ministra negra. É um trabalho muito complexo e, quando as políticas visam o campo da mudança, estamos mais perto da verdadeira igualdade”, afirmou Kim.

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