Alvo de um ataque terrorista nesta quarta-feira (7) que provocou a morte de dez jornalistas e dois policiais, o jornal satírico Charlie Hebdo atraiu críticas de muçulmanos de todo o mundo. O caricaturista Jean Cabut, conhecido pelos leitores pelo nome de Cabu, e Stéphane Charbonnier, editor do jornal, que usava o pseudônimo Charb, estão entre os mortos.
Minutos antes do ataque, o jornal havia tuitado uma charge do líder do grupo Estado Islâmico com suas resoluções de Ano Novo. A charge, intitulada “ainda não há ataques na França” traz a caricatura de um combatente extremista dizendo “Espere, ainda temos até o final de janeiro para fazermos nossas resoluções de Ano Novo”.
O jornal recebeu muitas ameaças por causa das caricaturas do profeta Maomé e outras charges controversas que publica. Seu escritório foi alvo de bombas incendiárias em 2011, após uma edição na qual Maomé estava na capa. Desde então, o semanário havia mudado de endereço e estava sob escolta da polícia.
Um dos policiais havia sido designado para atuar como guarda-costas de Charb. O ministro do Interior Bernard Cazeneuve disse que as forças de segurança realizam buscas em toda a cidade à procura dos homens que atacaram a publicação. Corinne Rey, cartunista que afirmou ter sido forçada a permitir a entrada dos homens no prédio do jornal, disse que eles falavam francês fluentemente e que afirmaram ser da Al-Qaida.
Fonte: Correio
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