quarta-feira, 15 de abril de 2015

Salvador, amanhece sobre protesto contra PL 4330

Paralisação Nacional- Centrais sindicais e movimentos irão parar nesta quarta-feira (15/04)
Foto :CUT/BA
Salvador amanheceu sem ônibus, sem aula, sem vigilância, sem bancos e boa parte do comércio também parou. Diversas categorias no estado aderiram ao Dia Nacional de Paralisação contra o PL 4330/2004 e suspenderam as atividades.  Até às 9h nenhum coletivo na capital baiana deixou as garagens. Vias de acessos importantes para a cidade como a BR 324 e a Paralela foram interditadas pelos trabalhadores e trabalhadoras que reagiram a aprovação do PL que retira direitos historicamente conquistados. “Desde as primeiras horas da manhã estamos mobilizados em resposta a aprovação desse Projeto tão prejudicial para a classe trabalhadora. Não vamos descansar até que os riscos de que essa Lei aprovada dentro do Congresso Nacional sejam definitivamente afastados. Entendemos que é a nossa missão esclarecer a sociedade sobre a subtração dos nossos direitos. Vamos lutar para fazer o Congresso recuar. Não vamos aceitar que tirem os direitos do bolso do trabalhador para o bolso do patrão”, afirmou o presidente da CUT Na Bahia, Cedro Silva.
  O Sindicato dos Petroleiros da Bahia (Sindipetro-BA), deu início as atividades nas primeiras horas da manhã travando vias de acessos importantes. “Bloqueamos a via de acesso à RLAM para mostrar que somos contrários a esse Projeto de Lei tão nefasto para os trabalhadores”, afirmou Deyvid Bacelar, coordenador geral do Sindipetro Bahia.
  Bancários, professores, eletricitários, trabalhadores em limpeza, segurança e alimentação, petroleiros e outras categorias importantes também aderiram aos protestos. “O Sinergia segue firme nessa luta. Paramos a Coelba em Narandiba, a Chesf em Pituaçu e a Global em Candeias. Nós, trabalhadores e trabalhadoras, não vamos aceitar que direitos conquistados a duras penas sejam usurpados. Esse PL 4330 é um retrocesso e isso não vamos aceitar”, afirmou Cristina Brito, presidente do Sinergia e vice-presidente da CUT na Bahia.
  Além de Salvador e região metropolitana, cidades como Feira de Santana, Santo Antônio de Jesus , Camaçari, Catu, Itamarajú, Juazeiro, Senhor do Bonfim, Vitória da Conquista, Feira de Santana, Teixeira de Freitas, Ilhéus, Itabuna, Pojuca, Candeias e Araçás, também estão na luta contra o PL 4330. Para o presidente da CUT na Bahia, Cedro Silva, apesar dos transtornos causados à população, a avaliação das primeiras horas de protesto na capital e interior da Bahia são extremamente positivas. “Nós sempre estivemos e estamos abertos ao diálogo. O que não estamos dispostos é ver os direitos e conquistas dos trabalhadores irem por água abaixo. Querem roubar a classe trabalhadora e ainda oferecer a pais e mães de família a insegurança profissional, financeira e familiar. Isso a CUT e os trabalhadores não vão permitir. A Terceirização sem limite precariza as relações de trabalho. Estamos contra esse PL nefasto das terceirizações e da escravidão”, repudiou o presidente CUTista.
 

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