quarta-feira, 21 de outubro de 2015

Unifacs e Defensoria Pública da Bahia testam projeto-piloto de equipe multidisciplinar



A Defensoria Pública da Bahia, através da sua Especializada da Defesa da Criança e do Adolescente - Dedica e em parceria com oa coordenação do curso de Psicologia da Unifacs, realizou nesta quarta-feira, 21, a última visita do projeto-piloto ao Lar Pérolas de Cristo que acolhe, cuida e apoia crianças e adolescentes de até 17 anos em situação de risco ou que foram vítimas de abuso sexual ou abandono.O projeto-piloto tem por o objetivo de promover um trabalho multidisciplinar com estudantes da universidade.
"Nos atendimentos realizados na Defensoria identificamos os rompimentos dos laços familiares e poucos instrumentos disponíveis para realizar a restauração dos mesmos. Nessa esfera conflituosa é necessária a atuação do trabalho de uma equipe multidisciplinar proporcionando um atendimento integral. Somente o olhar jurídico não resolverá a questão", pontua a subcoordenadora da Especializada da Defesa da Criança e do Adolescente, Maria Carmen Novaes.
"Os jovens precisam falar dos seus medos e receios. Precisam ver que tem quem os escute, mas não tem profissional suficiente para suprir a demanda. O objetivo da ONG é formar cidadãos que saiam daqui autogerindo suas vidas, para isso o apoio de uma equipe multidisciplinar é fundamental", disse a coordenadora do Lar Pérolas de Cristo, Vera Lúcia Guimarães.
A casa de acolhimento Lar Pérolas de Cristo oferece proteção integral à crianças e adolescentes que são encaminhadas pelos Conselhos Tutelares ou pela Vara da Infância e Juventude, proporcionando-lhes um ambiente familiar que, embora provisório, seja o mais parecido com um lar.
A psicóloga e professora da UNIFACS, Gabriela Neves, supervisora do projeto-piloto, explicou a metodologia utilizada: "Dividimos as crianças em três grupos de acordo com as faixas etárias, trabalhamos no âmbito dos Direitos Humanos e apresentamos o Estatuto da Criança e do Adolescente - ECA - com uma linguagem compatível as idades e a partir de uma nova perspectiva, já que eles tinham uma ideia que o ECA era um instrumento punitivo".

Nenhum comentário:

Postar um comentário