A capital baiana foi a cidade que registrou o
maior número de ocorrências da microcefalia em recém-nascidos. Dos 86 casos
registrados até o último dia 3 pela Vigilância Epidemiológica da Secretaria de
Saúde da Bahia, 53 deles ocorreram em Salvador. Este número segue o padrão
estabelecido pelo Ministério da Saúde, no qual considera microcéfalos os bebês
com perímetro encefálico igual ou inferior a 32 centímetros.
Uma das ações adotadas pelo governo baiano para
o acompanhamento do quadro epidemiológico no estado é a implantação do Centro de
Operações de Emergências em Saúde do Governo da Bahia, que entra em operação
amanhã (10). O centro é coordenado pela Secretaria da Saúde do Estado (Sesab) e
contará com participação de outros órgãos estaduais, Ministério da Saúde, além
de especialistas de diversas áreas, como sanitaristas, epidemiologistas,
infectologistas, obstetras, neuropediatras. Serão produzidos boletins semanais,
divulgados sempre as segundas, a partir das 15h.
O Centro de Operações também será responsável
pelo envio de equipes para auxiliar os municípios na investigação em campo,
clínica e laboratorial, bem como o estabelecimento de um plano para controle das
microcefalias e redução dos agravos.
Desde o início do ano o governo baiano vem
implementando uma série de ações de combate ao mosquito Aedes aegypti. Entre
elas, está o desenvolvimento de um teste rápido, que associado a um smartphone
com GPS, permite, simultaneamente, o georeferenciamento (Google Maps) dos casos,
a fim de controlar rapidamente os surtos, bem como ter o resultado em apenas 20
minutos, o que antes demorava até 60 dias. Esta foi uma ação inédita no país e
os primeiros municípios a dispor do teste rápido foram Feira de Santana, Riachão
do Jacuípe e Ribeira do Pombal.
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