sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

“Multas aplicadas pela Guarda Municipal serão anuladas”, diz presidente da Astram

A greve dos servidores da Superintendência de Trânsito e Transportes de Salvador (Transalvador) fez com que o prefeito ACM Neto anunciasse, na manhã desta quinta-feira (04/02), que os agentes da Guarda Municipal poderão aplicar multas. Porém, o presidente da Associação dos Servidores em Transporte e Trânsito do Município (ASTRAM), Luiz Bahia, disse ao Aratu Online que as notificações “podem ser tranquilamente anuladas”.
Segundo ele, Salvador tem um órgão delegado para a fiscalização do trânsito, o que impede a Guarda Municipal na aplicação das infrações. “Caso eles façam isso, estarão usurpando a função. O motorista multado pode tranquilamente retirar a notificação perante a Justiça”, comenta Bahia. Os agentes da Transalvador estão em greve desde a última terça-feira (02/02). A previsão era de paralisação por 48 horas. Porém, na manhã desta quinta, eles decidiram manter o ato por tempo indeterminado.
Já Neto garantiu que a Prefeitura terá o efetivo necessário para dar andamento às operações de trânsito da cidade sem prejuízo à população. Ele rebate o presidente da Astram e diz que a Guarda Municipal tem legitimidade para aplicar as infrações. “Esses agentes são pessoas experientes e com legitimidade institucional para atuar no trânsito. Essa equipe vai se somar aos agentes e supervisores da Transalvador que não estão em greve e ao efetivo da Guarda Municipal. Portanto, asseguro que teremos o efetivo necessário para garantir tranquilidade em toda a cidade”, comentou ele.

O motivo da greve é a remuneração para os agentes durante o Carnaval. ACM Neto coloca a culpa na crise pelo valor ser igual de 2015. “A Prefeitura definiu desde o ano passado que havia um limite de gastos com operações especiais. Há uma crise econômica no país que precisa ser compreendida. Os agentes que atuam no Carnaval recebem uma remuneração extra, adicional ao salário, e nós limitamos esse valor ao mesmo do ano passado e o sindicato não está aceitando isso”.

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