quarta-feira, 20 de abril de 2016

Defensoria pede explicação sobre morte após perseguição de agentes da Guarda Municipal

Resultado de imagem para foto de homem morto pela guarda municipal de salvador
Um caso de perseguição de agentes da Guarda Municipal de Salvador a Anderson Jorge Santana de Araújo, de 33 anos, conhecido como "Demônio", ocorrida na última quarta-feira, 13, na Cidade Baixa, imediações do Mercado Modelo, fez com que a Defensoria Pública Estadual da Bahia - DPE/BA emitisse ofícios a Secretária Municipal de Ordem Pública - SEMOP e ao Departamento de Homicídios e Proteção - DHPP. O homem foi baleado no abdômen após ter tentado fugir pelo mar.
Através da observação do caso pelos veículos de comunicação, os defensores públicos César Ulisses da Costa e Fabiana Almeida encaminharam ofícios aos órgãos solicitando explicações sobre o ocorrido e a instauração de processo administrativo disciplinar para apurar as circunstâncias em que se deu a abordagem e morte do rapaz.
À SEMOP, foram solicitadas informações a respeito do fato noticiado, além de determinar a instauração de competente procedimento administrativo disciplinar para apurar a atuação dos Guardas Municipais envolvidos no episódio. Para os defensores públicos, houve a existência de possíveis indícios de abuso de poder e excesso de conduta dos agentes da Guarda Municipal.
Já ao DHPP, foram solicitadas informações a respeito do inquérito policial instaurado para apurar o ocorrido, conforme noticiado pelos veículos de comunicação, solicitando cópia integral do inquérito, por serem defensores públicos que defendem vítimas de violência institucional, bem como a população em situação de rua. Segundo a defensora pública Fabiana Almeida da Equipe Pop Rua da DPE, "a partir do conhecimento, através de diversas reportagens, de uma morte violenta de uma pessoa em situação de rua, com a participação de agentes da Guarda Municipal, a Defensoria Pública resolveu encaminhar ofícios ao DHPP e à Secretaria Municipal de Ordem Pública para sabermos mais informações sobre o que aconteceu e para averiguar eventuais responsabilidades da conduta dos agentes da Guarda Municipal envolvida no episódio".
O defensor público César Ulisses da Costa ainda ressaltou que o objetivo é reunir o máximo de informação e documentação sobre o fato, a fim de subsidiar uma possível e eventual ação indenizatória o ente público Municipal, desde que existam familiares e sucessores da vítima interessados

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