segunda-feira, 25 de abril de 2016

Manifestantes contra o impeachment voltam a acampar no centro do Recife


                          Uma das tendas armadas na praça é a das mulheres

Da
Agencia Brasil

Representantes de movimentos sociais e estudantis, partidos políticos, centrais sindicais contrários ao impeachment da presidenta Dilma Rousseff (PT) voltaram a ocupar, nesta segunda-feira (25), a Praça do Derby, na zona central do Recife. O novo acampamento, que desta vez ficará no local por tempo indeterminado, começou a ser montado nesta tarde.
O acampamento é liderado pela Frente Brasil Popular, um movimento que reúne dezenas de organizações sociais e partidos. O grupo é o mesmo que ocupou a praça nos dias anteriores à votação do processo de impeachment na Câmara dos Deputados. Desta vez, os manifestantes prometem ficar em vigília permanente e fazer do espaço público um centro de mobilizações e atos contra o afastamento de Dilma.
Eles protestam também contra o projeto nacional apresentado no fim do ano passado pelo PMDB, Ponte pra o Futuro, que deve ser usado como base se o vice-presidente Michel Temer vier a ocupar a Presidência da República, caso Dilma seja afastada.
“Está sendo feito um ataque aos direitos trabalhistas com a ponte para o futuro do Temer. Ele já disse que vai elevar a idade mínima da aposentadoria, vai reduzir salários e fazer privatizações, é isso que está proposto”, afirma o presidente da Central Única dos Trabalhadores (CUT) em Pernambuco, Carlos Veras. Para Veras, a greve também pode ser usada como instrumento de pressão para barrar o impeachment. Ele não entrou, porém, em detalhes sobre uma possível agenda de paralisações.
O movimento sindical está representado no grupo que ocupa da Praça do Derby, onde foram montados comitês da área de saúde, das mulheres, do campo e da juventude. Cada um ocupa uma tenda, onde são realizadas discussões de direitos e políticas públicas.

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