terça-feira, 13 de fevereiro de 2018

Luciane Reis : Sobre a Pipoca de Kannario




O texto é de Luciane Reis,publicado na pagina do Facebook e o blog reproduz como forma sim de reflexão vale apena ler!!!
Sobre a Pipoca de Kannario
Precisamos falar sobre a pipoca de Igor Kanario. Precisamos falar não do seu ou meu gostar do mesmo, mas do direito a periferia de ter uma pipoca do tamanho da gourmet do Baiana System e serem tratadas de maneira diferenciadas.
Sei que Igor atrai os jovens que o estado e município não dialoga, mas são esses mesmos jovens ponto de pauta e discurso de militantes diversos. É preciso se abrir um dialogo franco com o Governador Rui Costa e o prefeito Acm Neto. Não dá para um massacre daquele acontecer na avenida sobre nossos olhos e total silêncio. Não é possível aquele massacre acontecer em frente ao camarote e olhar dos vereadores e esses se calarem.
Temos uma cidade violenta com a juventude negra, por não entender sua comunicação e cultural marginal ( de a margem) e em especial por toda carga de preconceito e certeza de impunidade. O que a Policia Militar e a Guarda Municipal fizeram ontem antes de entrar no circuito das tvs, é um ABSURDO!!!
Violência gratuita destes ditos profissionais de segurança por não consegui passar ( devido a grande quantidade de gente) e principalmente por não gostar das caras e danças. Onde fica o Observatório Racial e o Centro Nelson Mandela neste momento? Quando nossos gestores vão parar de fazer o debate de Kannario e as drogas, e vai discutir pipoca de Kanário e direito a cidade e se aglutinar diante do que se gosta?
Não há briga ( no circuito oficial) por parte dos foliões da referida pipoca. Há um medo da segurança pública daquela quantidade de negros reunidos no mesmo espaço. Prestar atenção na ação do estado e município diante desta, é entender que essa cidade NÃO nos quer e tem pavor da gente reunido em um único espaço. Se Kannario é um artista ou não, esse não é o debate inicial, se essa pipoca tem que ser espancada, trucidade e massacrada por acompanhar esse é o ponto. Afinal, a repressão com que esses são atacados na avenida reflete a postura da policia e guarda no cotidiano da cidade quando esse se reúnem.
É angustiante ver o estado e município em ação!

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