Indumentária herdada da cultura afrodescendente de tradição iorubá, o pano da costa faz parte do cotidiano e dos ritos do povo de santo. Com o objetivo de transformar a peça de artesanato também em uma fonte de renda para diversos moradores das comunidades de São Gonçalo e do Retiro, o Terreiro Ilê Axé Iborò Odé iniciou o curso ‘Pano da Costa: A arte afro-brasileira de tecer’ nesta segunda-feira (19).
Contemplado pelo Edital de Economia Criativa do Fundo de Cultura da Bahia (FCBA), o curso é um investimento do Estado na cultura e religião de matriz africana. “O objetivo é promover o desenvolvimento, articulação e sustentabilidade dessas ações que envolvem tradições milenares, saberes e fazeres, além de envolver os mestres de nossa cultura”, explica o superintendente de Promoção Cultural da Secretaria de Cultura (Secult), Alexandre Simões.
As aulas seguem até 17 de agosto, sob a coordenação do artesão e líder religioso Antônio Dimas Bispo dos Santos. O curso busca promover também o aumento da autoestima dos participantes, o desenvolvimento artístico e o resgate do artesanato herdado da cultura africana.
Também conhecido como Alaká, pano de Alaká ou pano de cuia, o pano-da-costa é parte da estética da roupa de baiana e está associada às tradições das religiões de matriz africana e ao culto dos orixás. O nome faz referência à costa africana, mais precisamente a ocidental, local de origem de muitos produtos trazidos para o Brasil, especialmente para o Recôncavo Baiano.
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