domingo, 27 de fevereiro de 2011

Dificuldades financeiras agravam a situação de hospitais


foto:Luiz Tito

Transformada desde 2005 em hospital referência na cidade de Cruz das Almas, a Santa Casa de Misericórdia vem passando por sérias dificuldades financeiras, agravadas nos últimos cinco anos, o que vem deixando o atendimento na unidade cada vez mais precário. Segundo dados fornecidos pela Câmara de Vereadores, até 2010 o débito do hospital se aproximava dos 3 milhões de reais, sendo o INSS o maior credor.
A população sente na pele o peso da crise. O servidor público Washington Roberto Santos diz que, baleado em um assalto, não encontrou atendimento na Santa Casa e teve de seguir para Salvador. “No hospital não havia cirurgião”, destacou.
Para o presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Cruz das Almas, Nadson Lopes, a crise da Santa Casa vem refletindo diretamente no atendimento da população. “Não tem atendimento especializado como cirurgião, ortopedista, neurologista, e nos casos graves os pacientes são enviados para o Hospital Regional de Santo Antônio de Jesus ou Salvador, o que tem provocado a morte de muitas pessoas”, disse.
A diretoria da Santa Casa, que hoje é composta de funcionários, admite as dificuldades enfrentadas pelo hospital, inclusive falta de materiais básicos, mas garante que não houve suspensão no atendimento.
A tesoureira da unidade, Vera Lúcia Santos, explicou que os funcionários vêm realizando festival de prêmios e rifas para arrecadar fundos para a unidade de saúde. “Recebemos uma doação de alimento e isto vem mantendo a cozinha aberta”, revelou.
Clériston Andrade - Alvo de inúmeras reclamações por parte da população durante vários anos, o Hospital Geral Clériston Andrade, em Feira de Santana, vem reduzindo a superlotação. Para Antônia Ribeiro, que acompanhava a mãe, internada por causa de problemas causados por diabetes, é menor a espera para que o paciente seja avaliado pelos médicos. “Já estive aqui outras vezes e esta sala de espera era lotada porque não havia médico ou o atendimento era ruim, mas agora a espera é menor, porque quando o paciente chega é em geral atendido logo pelo médico”, destacou.
A diretora-geral Inalva Sapucaia diz que, com a construção do Hospital Estadual da Criança, a demanda foi distribuída. Parte da pediatria foi transferida do Clériston Andrade e com isto se criou espaço para a ampliação da emergência. Unidades de outros municípios absorvem parte dos atendimentos.

Fonte: atarde





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