O Fantástico trousse na noite deste domingo (27) uma serie de reportagem capaz de causar indignação. Ela mostra até que ponto o desvio de dinheiro público deixa populações inteiras sem saúde, sem educação, vivendo em condições subumanas. São milhões de reais que o Governo Federal libera para a saúde, a educação, o saneamento em cidades do interior, mas esse dinheiro some, e ninguém sabe direito para onde vai .O repórter Eduardo Faustini vai ao município de Curralinho (PA),visita a unidade saúde da comunidade e comprova as condições de trabalho da técnica de enfermagem Francisca Sá Barreto que são as piores possíveis. Ela não tem nem luvas para tirar os pontos da cesariana de uma paciente. “Não estou com luva, porque não tem”, afirma. “Já costurei oito pessoas com agulha de costurar roupa”.
Francisca explica que limpa o material hospitalar em uma pia e que a torneira não tem água. Então, enche um balde com a água do rio: “Acabou o procedimento, eu venho para cá, coloco aqui e pego o sabão. Eu tenho que encher com a água do rio. Eu pego, coloco o material de molho aqui por uns 20 minutos, depois eu venho, meto a escovinha e vou colocar nesse fogão para esterilizar”, explica.
“É feito tudo de uma maneira muito rudimentar, colocando em risco os próximos pacientes, nos quais ela for usar esse material, que certamente estará contaminado”, afirma o presidente da Associação Médica do Estado do Rio de Janeiro, Carlindo Machado e Silva.
Mas por que técnicos e enfermeiros fazem o papel de médicos? “Os médicos não querem vir para o interior”, justifica o prefeito do município de Tefé (AM), Jucimar de Oliveira Veloso, outro município citado nas reportagem do desvio de dinheiro publico.
Informações do Fantástico
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