terça-feira, 3 de julho de 2012

Demóstenes pede desculpas aos colegas

Em discurso no plenário do Senado, nesta segunda-feira (2), o senador Demóstenes Torres ex-democrata,hoje (sem partido-GO) reafirmou sua inocência em relação às acusações de que teria usado seu mandato para beneficiar Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, preso no final de fevereiro pela Polícia Federal sob acusação de comandar uma rede de corrupção. Ele também pediu perdão a todos os senadores, citando vários deles nominalmente.
“Não coloquei o meu mandato a serviço de Cachoeira, mas tão somente à disposição da força produtiva do meu Estado”, afirmou. “Não recebi vantagem indevida em troca de minhas ações no Senado”.
Demóstenes disse ainda que "nada fez para desmerecer a construção da minha honra". "Apenas admiti que fui amigo de Carlinhos Cachoeira, mas nunca tive negócios legais ou ilegais com ele”.
“Eu não tenho nem sociedade nem nada a ver com os delitos investigados pelas operações Vegas e Monte Carlo”, acrescentou.
O senador avisou que falará todos os dias na tribuna, para fazer sua defesa, até a conclusão da análise do processo por quebra de decoro. "Sou inocente", ressaltou.
As acusações de envolvimento com Cachoeira levaram o senador a ser alvo de um processo no Conselho de Ética da Casa, que aprovou um relatório recomendando a cassação de seu mandato. Na quarta-feira (4), a CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) deverá analisar a constitucionalidade do rito do conselho. Caso aprovado, ainda haverá votação no plenário do Senado.
No dia 6 de março, o senador já havia feito um discurso em resposta às denúncias. Na ocasião, disse que “nunca teve negócios” com Cachoeira e que não havia “possibilidade jurídica” de comprovar seu envolvimento.
Depois disso, Demóstenes falou ao Conselho de Ética, no dia 12 de abril, afirmando sua inocência.
Na semana passada, o Conselho de Ética do Senado aprovou por unanimidade o relatório do senador Humberto Costa (PT-PE) que pedia cassação de mandato do senador goiano com o argumento de que ele teria sido usado em favor dos interesses de Cachoeira.

Fonte:tribuna da Bahia


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