terça-feira, 17 de setembro de 2013

Brincadeira sem Graça:trotes para SAMU e Codesal prejudicam atendimento à população

A cada dia, o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (SAMU) recebe cerca de três mil ligações no telefone 192. Mas, enquanto muitas pessoas buscam  algum tipo de ajuda para problemas de saúde, 40% dos chamados não passam de trotes. Quem também tem seu trabalho prejudicado por pedidos falsos é a Defesa Civil de Salvador (Codesal). Em agosto, das 6774 ligações recebidas pela Central 199, 4561 foram trotes. Ou seja, mais da metade dos chamados (67%) foram de ligações sem validade.O coordenador da SAMU, Ivan Paiva, conta que, quando o serviço começou a funcionar em Salvador, quase 85% das solicitações eram trotes, mas, graças ao trabalho de educação realizado entre as crianças de escolas da capital, esse número caiu e está em torno de 40%.
“Ainda temos muitos casos de trotes de crianças que, em geral, os atendentes identificam facilmente. O grande problema são os adultos. Neste caso, o atendente faz algumas perguntas que permitem comprovar a veracidade do caso”, diz. Mesmo com todo esse cuidado, algumas vezes as ambulâncias do SAMU acabam sendo deslocadas para atender a falsas solicitações. “Preferimos pecar por excesso de zelo que por falta”, destaca o coordenador do SAMU.
Ele lembra que o trote causa prejuízo a toda população, pois, ao liberar os veículos para falsos pedidos, a SAMU deixa de atender quem realmente precisa.  Também na Codesa a brincadeira de mau gosto resulta em uma série de problemas para o órgão, que, muitas vezes, desloca equipes inteiras para atender aos falsos chamados.

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