domingo, 29 de setembro de 2013

Professor levanta polêmica sobre quem comete crime

Mesmo não sendo a favor da abolição da prisão por achar que aquele que comete um crime tem que passar por um processo de ressocialização, o professor Rodrigo Guerra entende que deve haver um cuidado especial para se decretar uma prisão preventiva. Um dos motivos para ter essa preocupação se dá com fatos como a prática da corrupção, que, para ele, provoca efeitos mais nefastos do que as condutas praticadas por aqueles que têm o infortúnio de matar. Por isso entende que tem que ser enxergado não o efeito mais imediato da violência e prega que deveria haver uma inversão e serem punidos mais rigidamente aqueles que tiveram mais oportunidades na vida.
Rodrigo Guerra é mestrando em Família na Sociedade Contemporânea da Universidade Católica de Salvador (UCSal) e foi o convidado de hoje, dia 27, do projeto “Diálogo dos Saberes” promovido pelo Grupo de Atuação Especial em Defesa da Mulher (Gedem), coordenado pela promotora de Justiça Márcia Teixeira. Segundo Rodrigo, tem que se buscar entender o ciclo vicioso que envolve alguém que comete violência e que geralmente é analfabeto, negro e está fora do mercado ao contrário de quem pratica a corrupção desviando recursos que vão provocar danos imensos em áreas fundamentais como saúde, educação e segurança, afetando milhares de pessoas.
Em seu segundo ano, o projeto tem atividades a cada última sexta-feira. O tema de Rodrigo foi “Presos Provisórios” e ele teve oportunidade de debater a questão no Centro de Estudos e Aperfeiçoamento Funcional (Ceaf) cumprindo os objetivos da iniciativa, que é trocar experiências articulando a academia e a sociedade civil, na “tentativa de compreender por outras lentes a complexidade dos fenômenos que impactam o sistema de justiça e a atuação ministerial.”

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