Foto: Divulgação Polícia Civil
No próximo dia 6 de fevereiro se completa exatamente um ano da morte de 12 jovens na Vila Moisés, no bairro do Cabula. Na operação nove policiais foram indiciados pelo Ministério Público por crime de execução — e, posteriormente, inocentados pela Justiça por entendimento que agiram em legítima defesa. Na época o governador Rui Costa (PT) comparou os PMs com artilheiros prestes a marcar um gol, durante a apresentação do esquema de segurança no Carnaval 2015.
Um destes policiais, porém, está detido no Batalhão de Choque da PM, em Lauro de Freitas. Lúcio Ferreira de Jesus, 35 anos, é acusado de um cometer crime de extorsão e chantagem mediante sequestro. À época de sua prisão, em outubro passado, o caso foi noticiado pela imprensa, mas não se fez a exata relação entre seu envolvimento neste crime e a ação no caso do Cabula.
Após cruzamento das informações feito pelo site Aratu Online, a assessoria da Polícia Militar confirmou que se tratava exatamente da mesma pessoa. A polícia disse ainda que instaurou processo administrativo disciplinar para investigar o caso. A defesa do policial entrou com um pedido de liberdade provisória, até aqui negada pela Justiça.
Lúcio era lotado na Rondesp Central e participava de uma quadrilha com outras seis pessoas (dentre eles mais dois policiais militares da ativa). Eles sequestravam parentes de traficantes ou pessoas com problemas com a Justiça e exigiam resgate em dinheiro como troca para libertar as vítimas. O grupo foi desarticulado pela Polícia Civil após meses de investigação.
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