Há 16 anos, pelo menos 465 moradores compraram imóveis no Conjunto Habitacional Coutos, na atual Fazenda Coutos III, com a promessa de que contariam, num terreno de 8 mil m², com um colégio do ensino médio e uma área de lazer, incluindo uma praça esportiva. Hoje, a Prefeitura de Salvador está cercando o terreno com um muro de três metros de altura para delimitar o local onde pretende construir um centro de controle e distribuição de remédios.
A obra do centro, informou a Secretaria Municipal da Saúde (SMS), por meio da assessoria de imprensa, sequer tem orçamento e o muro é apenas “para conter eventuais invasões!”. No entanto, a placa anunciando o empreendimento está no terreno há pelo menos quatro meses e moradores acusam a prefeitura de ter ocupado a área ilegalmente.
O terreno antes pertencia ao Estado e foi destinado para abrigar os equipamentos urbanos, conforme a planta técnica da construtora Concic Engenharia S.A., responsável pelo projeto do conjunto habitacional, construído no local há 16 anos, a partir de um programa da empresa estatal Habitação e Urbanização da Bahia S/A (Urbis) – que hoje encontra-se em liquidação e cujos projetos ficaram sob a responsabilidade da Companhia de Desenvolvimento Urbano do Estado da Bahia (Conder).
No entanto, informou a Conder, a Urbis doou o terreno à prefeitura em troca de não ter reservado áreas verdes na construção de outros conjuntos em Mussurunga. Moradores do conjunto, de 465 casas adquiridas através de financiamento da Caixa Econômica Federal (CEF), acusam a prefeitura de construir o muro sem consultá-los e sem apresentar os documentos da obra. Não há no local o número de alvará da construção, nem informações sobre a empreiteira e engenheiro civil responsáveis pela obra.
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