Tudo na vida tem um tempo”. A declaração é de Raimundo Nonato Lopes, 69 anos, morador da Rua Sá de Oliveira, em Plataforma. Sentado em frente à construção de número 95, residência onde nasceu e vive até hoje, ele observa a Ponte São João e relembra o quanto já esperou por uma reforma no equipamento. “Às vezes, demora, mas sai”, completa ele, na expectativa por mudanças efetivas na ponte, ligação entre os bairros de Plataforma e Calçada.
A última reforma na ponte foi feita no ano de 2002. Raimundo não sabia, mas, na manhã desta terça-feira, 26, o prefeito João Henrique assinou uma ordem de serviço para autorizar a nova reforma da São João, cenário de cartão-postal e ponto turístico da cidade, atualmente desprezado.
A obra tem previsão para ser concluída em um ano. A primeira etapa, orçada em R$ 30 milhões, será realizada em 8 meses. “Ela deve ser iniciada nos próximos 15 dias. Após três ou quatro meses, será a vez da segunda etapa”, assegura Hidelson Menezes, diretor de operação e manutenção da Companhia de Transporte de Salvador (CTS).
A segunda fase – na qual será alterada a superestrutura do equipamento – dará conta da substituição de toda a parte metálica e deverá ser finalizada num prazo de seis meses. “Essa etapa ainda não foi licitada, mas já temos recurso do governo federal garantido para isso”, completou Menezes. Ao todo, a obra terá um custo de R$ 60 milhões.
Atração turística - Após o término das obras, os trens que percorrem o subúrbio de Salvador passarão por uma nova ponte, toda em concreto armado, mais robusta e resistente, de acordo com Menezes. “Vai ser um grande equipamento. Hoje, é um grande vão, com duas linhas. Serão construídos dois vãos, onde será possível operar apenas uma linha, quando a outra estiver em manutenção, por exemplo”, garante.
Para ele, a reforma resultará em mais uma atração turística de grande porte para a capital baiana. “A ponte data do ano de 1952. Será feita uma grande obra”, assegura.
A São João está desativada desde o mês de maio, quando o Ministério Público Federal (MPF-BA) recomendou a interdição imediata, por medidas de segurança. Segundo o órgão, a estrutura comprometida poderia pôr os usuários da rede ferroviária em risco.
fonte: atarde
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