Origem política e base eleitoral do governador da Bahia, Jaques Wagner, e de deputados federais como Luiz Alberto e Rui Costa, todos do PT, os químicos e petroleiros da Bahia estão em guerra pela sucessão no sindicato que representa as duas categorias. As eleições para a diretoria da entidade, que começaram na segunda e vão até sexta feira, correm o risco de serem anuladas pelo Ministério Público do Trabalho que investiga denúncias de que cabos eleitorais e até mesários de uma das chapas estão destruindo listas de votação para tentar impedir a realização do pleito.
Considerada a maior entidade sindical do Nordeste, com 40 mil trabalhadores na base e 14 mil filiados, o sindicato reúne petroleiros, petroquímicos e químicos que trabalham nas indústrias de fertilizantes e de plástico da Bahia. A unificação das categorias nunca evitou profundas divergências políticas entre os dirigentes e agora este racha foi parar na delegacia. Representantes da Chapa Um, apoiada por parte da Central Única dos Trabalhadores, denunciaram em pelo menos duas delegacias que cabos eleitorais da concorrência destruíram listas de votação para evitar que a eleição se realize. “Uma parte da diretoria do sindicato está trabalhando pela eleição e outra parte boicotando”, disse o dirigente Christian Pereira.
Segundo o diretor, há fortes indícios de que deputados estaduais e até federais que apóiam uma das chapas estejam tentando boicotar as eleições. E citou o ex-diretor e deputado estadual Rosenberg Pinto (PT) como um dos articuladores do racha sindical. “Não estou participando do processo eleitoral e considero irresponsáveis estas acusações”, afirmou Rosenberg. A denúncia ao Ministério Público do Trabalho pede investigações sobre a participação de cabos eleitorais de outros estados chamados pela chapa 2 para tumultuar o processo e até de dirigentes do sindicato dos policiais, encarregados de intimidar candidatos.
Informações Revista Epoca
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