Não é um final. É um segundo começo”. Com essas palavras, a coordenadora do projeto ‘Sinaleira: Desafios, Conquistas e Propostas’, promotora de Justiça do Ministério Público estadual, Cíntia Guanaes, descreveu o momento da entrega dos 80 certificados aos primeiros formandos do programa. Qualificados pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (SENAI) e já encaminhados para o mercado de trabalho em indústrias de Salvador e da Região Metropolitana, os jovens, com idades entre 14 e 18 anos, foram todos recrutados nas ruas, logradouros públicos, centrais de abastecimento e feiras livres da cidade, num trabalho realizado desde 2010 em parceria com o Ministério Público do Trabalho (MPT), a Prefeitura Municipal de Salvador, o Senai, a Superintendência Regional do Trabalho Emprego e Renda, a Fundação José Silveira e o Conselho Tutelar. Na etapa que se inicia agora, o programa pretende recrutar outros 400 jovens, beneficiando ainda, de forma indireta, cerca de 1800 pessoas, entre familiares e membros das comunidades de origem dos alunos.
Os parceiros do projeto também foram homenageados, recebendo das mãos da também coordenadora da iniciativa, procuradora do MPT, Edelamare Melo, certificados de responsabilidade social. “Foram eles que colocaram a mão na massa junto conosco. Abriram as portas para esses meninos, que são atendidos dentro e fora do projeto graças a essas parcerias firmadas”, destacou a procuradora do Trabalho. Entre os homenageados estavam o secretário de Saúde Jorge Solla, representando o governador da Bahia Jaques Wagner, e o chefe da Casa Civil de Salvador, João Leão, representando o prefeito João Henrique.
Convidada para falar em nome de todos os 80 alunos formados, Mariana Barbosa, de 16 anos, se definiu como uma privilegiada. “Além da aprendizagem formal, que vai me garantir um emprego, meu modo de ver o mundo mudou. No projeto ‘Sinaleira’ aprendemos valores que nos fazem pessoas melhores”, declarou a jovem, emocionada. O evento foi encerrado com uma apresentação musical, onde garotos do projeto reproduziram, em instrumentos de percussão, um toque próprio das religiões de matriz africana, que representa um convite para que os parceiros e a sociedade civil continuem ao lado do projeto.
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