terça-feira, 15 de novembro de 2011

Sobrou ate para o carro do Correio da Bahia após circular na região Suburbana, onde buracos e acidentes são comuns



O zigue-zague que você vai precisar fazer para ler esta reportagem desviando dos buracos nem de longe vai ser tão trabalhoso quanto andar de carro (ou pior, de ônibus, ou caminhão) pelas ruas do Subúrbio Ferroviário.
A região que já não era nenhum tapete antes das últimas chuvas, agora está mais pra pista de rali. São buracos de todos os formatos e tamanhos, espalhados por quase todas as ruas do Subúrbio, que causam transtornos e prejuízos para os motoristas que trafegam no local.
Que o diga Tiago da Silva Matos, morador de Paripe. "Esse já é o terceiro pneu que troco em um mês", disse, revoltado com as condições do asfalto, o jovem de 26 anos na manhã de ontem, enquanto perdia mais algumas horas numa borracharia na Estrada Velha de Periperi. O estabelecimento fica bem em frente a uma das várias crateras espalhadas pela região.
Sorte do proprietário da borracharia, José Alves, que tem seu ganha-pão bem garantido: "Costumo trocar uma média de oito a 10 pneus por dia aqui na borracharia. Todos por causa desses buracos", contabilizou, sorridente, o microempresário.
Por pouco, o carro de reportagem da equipe do CORREIO não engrossou as estatísticas e o orçamento de seu José, ao passar em cheio por um dos buracos, que estava escondido atrás de um quebra-mola. Apesar do baque, milagrosamente o pneu saiu ileso do choque.
Perto dali, na ladeira que dá acesso ao Mirante de Periperi, furar pneu é fichinha perto da gravidade dos acidentes que os moradores relatam que vêm acontecendo por causa da buraqueira.
"Batidas aqui têm acontecido com frequência. Tudo porque quem vem subindo tem que desviar dos buracos e acaba batendo de frente com quem desce na mão certa", descreve o borracheiro Adelmário Santos de Jesus. Apesar do relato meio trágico, ele não esconde a felicidade de quem também vem faturando com tanto buraco na área.
A situação descrita por Adelmário foi exatamente o que aconteceu há cerca de um mês com o auxiliar de produção Gilliard Pereira, 29 anos. "Eu estava dando socorro à minha filha, que estava doente, e quando cheguei no meio da ladeira bati de frente com um outro carro que vinha subindo e tentou desviar do buraco", contou a vítima, mostrando na testa a cicatriz que o acidente lhe deixou como lembrança.
Além de Gilliard, outras três pessoas que estavam no carro ficaram feridas na batida e, segundo ele o Fiat Uno "não prestou mais para nada".





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