Corpus Christi: Fieis pedem fim da greve de professores e chuva para acabar com a seca no Nordeste

Foto Sérgio Batista

Cerca 20 mil católicos foram à Praça Municipal, na manhã de hoje (7) para a Festa de Corpus Christi na Arquidiocese de Salvador. A programação teve início as 8h com uma missa presidida pelo Arcebispo de Salvador e Primaz do Brasil, Dom Murilo Krieger e uma leve chuva caiu durante quase toda a festividade, que louva a presença de Deus na Eucaristia. Padres, diáconos, religiosos e autoridades políticas também compareceram ao evento, que em Salvador acontece desde 1549.

A festa de corpus Christi é uma ação para além dos muros das igrejas, que envolve a cidade e pede as bênçãos de Deus para as situações vividas pelo povo.

“Estamos dizendo ao Senhor entre em nossa cidade. Mas entre também em cada casas, entre em cada coração. Nós queremos que tu sejas o rei. Eu tenho certeza que esta passagem de Jesus vai nos obrigar a refletir, a transformar a nossa vida e até procurarmos mudar a nossa cidade”, define o sentido da festa Dom Murilo Krieger.

A capital baiana acolheu a primeira procissão de Corpus Christi do Brasil e foi a partir daí que a cidade se organizou e fundou a Câmara de Vereadores. “Após a (primeira) procissão, os líderes da cidade se reuniram e resolveram fundar a Câmara Municipal para organizar a vida do povo. É sempre assim. Jesus concentra o nosso olhar e ao mesmo tempo direciona para as necessidades do nosso próximo, da nossa sociedade. Isso nos alegra. A Eucaristia tem, pois, um profundo cunho social de transformação” explica o Arcebispo de Salvador.

O ponto alto do evento foi a procissão que aconteceu logo depois da missa. Ao som da Banda da Polícia Militar e com Jesus Eucarístico à frente, os fiéis saíram da Praça Municipal em direçãoNa sequência um grande silêncio tomou conta da multidão que calou para adorar a Deus.

Em oração, Dom Murilo pediu sabedoria para os educadores e o governo estadual resolverem o impasse da greve dos professores do estado. A seca no Nordeste Brasileiro e no interior baiano também foi lembrada pelo arcebispo que junto com o povo pediu a Deus chuva para os sertanejos, que amargam a pior seca dos últimos 40 anos.

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