Para pedir o fim do preconceito e a criminalização da homofobia, 14 trios elétricos fecharam hoje (10) a Avenida Paulista, na região central da capital. Participam da festa jovens, velhos, crianças, famílias, drag queens, fantasiados ou não, apoiando a causa da diversidade.
A 16ª edição Parada do Orgulho LGBT (sigla para lésbicas, gays, bissexuais, travestis e transexuais) vem com o lema “Homofobia tem cura: educação e criminalização!”. A citação faz alusão ao Projeto de Lei 122, de 2006, que tipifica a homofobia como crime. O manifesto da parada lembra ainda o caso do Projeto Escola Sem Homofobia, do governo federal, que foi duramente criticado por alguns setores da sociedade e acabou suspenso. “O ambiente escolar deve ser um espaço inclusivo, de vanguarda, que quebre paradigmas e seja ponto de reflexão sobre novas concepções morais”, ressalta o manifesto.
Indiferente à música alta, a modelista Rosângela Gamella observava a passagem dos trios sentada fora da multidão. Ela contou que nos últimos dias está emocionada lembrando de um amigo que foi morto a pedradas por “dois homofóbicos”, há dois anos. “Eu vim em algumas paradas com ele”, lembrou. Rosângela disse que, apesar de casada e mãe de dois filhos, tem muitos amigos gays. “Eu trabalho com moda e esse é um mundo muito homossexual”.
Com uma expectativa de público de até 3 milhões de pessoas, 16ª Parada do Orgulho LGBT lotou os hotéis das categorias econômica e supereconômica da região da Avenida Paulista. Pesquisa feita pela São Paulo Turismo (SPTuris), empresa de turismo e eventos da prefeitura, revela que 16,2% do público da Parada LGBT do ano passado não moravam na capital paulista, sendo que 11,3% eram da região metropolitana de São Paulo e 4,9% eram turistas vindos de cidades do interior, de outros estados e estrangeiros. O estudo apontou, ainda, que os visitantes permanecem, em média, 5,8 dias na cidade.
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